Petróleo sobe a máxima em 5 meses, mas tem ganhos limitados por alta nos estoques dos EUA
Por Shariq Khan
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo fecharam em seus patamares mais altos desde o fim de outubro nesta quarta-feira, com temores de interrupções na oferta devido a um cenário geopolítico cada vez pior, embora um salto nos estoques de petróleo bruto dos Estados Unidos tenha aliviado algumas dessas preocupações.
Os futuros do Brent subiram 0,43 dólar, ou 0,5%, para 89,35 dólares o barril, enquanto os futuros do West Texas Intermediate dos EUA (WTI) avançaram 0,28 dólar, ou 0,3%, para 85,43 dólares o barril.
Ambos os contratos subiram mais de um dólar durante a sessão, mas recuaram depois que a Administração de Informação de Energia dos EUA (AIE) reportou um aumento de 3,2 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto. [EIA/S]
Analistas consultados pela Reuters esperavam uma redução de mais de 1,5 milhão de barris, em linha com dados divulgados pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) na terça-feira. [API/S]
"O relatório da AIE sobre o petróleo bruto foi na direção oposta ao que o API informou ontem, o que ajudou a conter um pouco o rali", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho.
Os indicadores técnicos também pressionaram os preços, sinalizando que os futuros do petróleo estavam sobrecomprados.
Os futuros do Brent e do WTI têm atingido máximas intradiárias de cinco meses durante três sessões consecutivas, impulsionados por preocupações de que as ofertas de petróleo possam cair devido aos ataques da Ucrânia às refinarias russas e a uma potencial ampliação do conflito no Oriente Médio.
(Por Shariq Khan em Nova York, Robert Harvey em Londres, Arathy Somasekhar em Houston e Jeslyn Lerh em Cingapura; reportagem adicional de Natalie Grover em Londres)
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