Açúcar avança forte nas bolsas de NY e Londres nesta 5ª com foco na oferta e petróleo
As cotações futuras do açúcar encerraram esta quinta-feira (28) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado está atento às preocupações diante de possível restrição das importações de açúcar mexicano pelos Estados Unidos e impacto logístico, além do petróleo.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,49% no dia, cotado a 22,52 cents/lb, com máxima em 22,59 cents/lb e mínima de 22,06 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato do adoçante subiu 1,07%, negociado a US$ 652,50 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento do adoçante acumulou alta de 2,60%.
Depois de queda na véspera, o mercado do açúcar já iniciou a sessão desta quinta-feira com ampla valorização diante das contínuas preocupações com a oferta do adoçante, principalmente diante da notícia na semana de que os Estados Unidos podem limitar as importações mexicanas.
Além disso, os operadores no mercado do adoçante acompanham os desdobramentos do fechamento de um dos principais portos da Costa Leste dos Estados Unidos depois que um navio de carga se chocou contra uma ponte na cidade de Baltimore, no estado de Maryland.
No Brasil, por outro, há otimismo com o desenvolvimento da safra 2024/25 do Centro-Sul. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) anunciou nesta semana que a produção de açúcar na primeira quinzena de março na região foi de 64 mil toneladas (+313%).
No acumulado desde 1º de abril de 2023, a fabricação do adoçante totaliza 42,24 milhões de toneladas, contra 33,58 milhões de toneladas do ciclo anterior (+25,8%).
"Nos primeiros 15 dias de março, 24 unidades deram início à safra 2024/2025. Ao término da quinzena, estão em operação 40 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 28 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e três usinas flex. No mesmo período, na safra 22/23, operaram 23 unidades produtoras", disse a Unica.
No financeiro, o mercado do açúcar também teve suporte no dia da forte alta do petróleo no cenário internacional, o que tende a impactar na decisão sobre o mix das usinas do Centro-Sul. Apesar disso, o dólar trabalhava em alta sobre o real, o que tende a limitar os preços.
"A força do petróleo bruto beneficia os preços do etanol e pode levar as usinas de açúcar globais a desviar mais moagem de cana para a produção de etanol do que de açúcar, reduzindo assim a oferta do adoçante", reportou o site internacional Barchart.
O mercado norte-americano de commodities também se posiciona tecnicamente nesta quinta-feira antes do feriado Good Friday, que fechará a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta sexta (29). Os trabalhos serão retomados apenas na próxima segunda-feira (1º).
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar permanecem firmes no spot paulista com oferta limitada. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 145,16 a saca de 50 kg com valorização de 0,10%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 168,38 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,16 c/lb e queda de 0,86%.
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