União Europeia flexibiliza regras ambientais mas quer impor às nossas exportações regras de antidesmatamento critica presidente da Asplan
Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira (26), em Bruxelas, a flexibilização das normas ambientais exigidas a agricultores do bloco. A Comissão Europeia, braço executivo do bloco, propôs eliminar completamente a obrigação de deixar pelo menos 4% das terras produtivas em pousio ou áreas não produtivas. Esta medida seria substituída por uma simples "diversificação" e a manutenção de pastos permanentes seria consideravelmente flexibilizada. Além disso, terras com menos de 10 hectares estariam isentas da fiscalização associada às normas ambientais. As normas da Política Agrícola Comum (PAC) que estão sendo flexibilizadas estavam em vigor desde 2023. A reforma da PAC foi aprovada quase sem alterações pelos ministros da Agricultura e agora será enviada ao Parlamento Europeu.
O presidente da Associação dos plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, disse que a proposta da Comissão Europeia em relação a flexibilização das regras ambientais é, no mínimo, um contrasenso frente às exigências da União Europeia em relação as exportações brasileiras. “Temos aqui no Brasil regras ambientais muito rígidas e mesmo assim essa mesma União Europeia, que agora flexibiliza suas regras ambientais, quer impor barreiras comerciais usando, inapropriadamente, a bandeira do desmatamento. Logo nós que temos que preservar de 20% a 80%. Parece até uma piada de mau gosto isso”, destacou o dirigente canavieiro.
No twitter, a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, também se manifestou sobre o assunto, lembrando que o presidente da França, Emmanuel Macron, maior defensor desta ‘hipocrisia europeia’, segundo ela, que impõe barreira comercial, transvestida de exigências ambientais, está no Brasil e se encontrará com o presidente Lula, mas que esse assunto não consta na pauta oficial do encontro dos dois chefes de estado. “Essa mesma União Europeia que não reconhece o Código Florestal Brasileiro, que exige preservação de 20% a 80% das propriedades rurais brasileiras, contra 4% de lá, quer impor regras próprias de antidesmatamento para nós. Ou seja, faça o que eu digo, não o que faço”, twitou ela.
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
Sugiro que o tratado comercial entre Mercosul e UE seja direcionado somente aos setores de tecnologia e industrial. Que a UE conceda benefícios fiscais para que os países do mercosul possam desenvolver esses setores. A meu ver, é isso que eles estão pedindo ao nosso setor agrícola e mineral.
Nem em sonho a UE vai conceder qualquer benefício às nossas industrias. Muito pelo contrário: vão nos massacrar. Paraguai séculos passado era um pais com uma industria forte, principalmente bélica. Inglaterra se viu ameaça, colocou o Brasil, Argentina e Uruguai para destruir aquele país ... Brasil, com a vitória teve parte suas dívidas perdoadas e o Paraguai ficou destruído. Qualquer ameaça para o mercado deles e eles jogam pesado e sem escrúpulo.
Estimado Rosseto...O Paraguai jamais teve uma indústria forte...e ele era o grande cliente da Inglaterra no Cone Sul. Não era e nunca foi qualquer ameaça comercial a Inglaterra. Não tinha carvão e não tinha ferro, requisitos absolutamente essenciais para o início da industrialização. A idéia de que a Inglaterra teria "contratado" Brasil, Argentina e Uruguai para destruir o Paraguai não resiste à menor análise dos fatos. O tema - muito popular na década de 80 - hoje encontr-se abandonado até mesmo pelos historiadores paraguaios.
A Metalúrgica, o Estaleiro, fábrica de armas etc foram construídos pela Inglaterra, com maquinaria da Inglaterra e operavam com carvão e minério de ferro também fornecidos pela Inglaterra.
Na época da Guerra, Brasil e Inglaterra sequer tinham relações diplomáticas.
e a verdade histórica é que a Inglaterra tentou dissuadir Solano Lopez a esquecer seu projeto do "Grande Paraguay" pois sabia que o País não poderia vencer o Império Brasileiro e ela perderia seu melhor cliente no processo.
Não conseguiu e o Paraguay determina o fechamento dos Rios, a prisão do Governador da província de Mato Grosso (morto com sua família de FOME) e finalmente, a invasão ao Brasil.
o único responsável pela Guerra foi o País invasor, o Paraguay, que violou todos os tratados celebrados com o Império que lhe garantiram a independência da Argentina. Procurar outros culpados, crer que o Império pudesse ser manipulado, ou acreditar que o Paraguay tinha razão ao atacar os três países do Cono Sul sem provocação, é fugir da realidade geopolítica.
Sr. Geraldo, sobre a guerra com o Paraguay, tem o livro: Veias Abertas da América Latina, escrito pelo historiador Eduardo Galeano, ele explica sobre minha posição acima. Vale a leitura, talvez, depois de lê-lo o Senhor mude de ideia.
Na época o Paraguay já tinha um desenvolvimento diferenciado com relação aos demais. Já fabricava locomotivas para trens e um industria textil avançada. Estava incomodando os interesses dos ingleses, Solano Lopes frequentava a corte francesa não vista com simpatia pelos mandatarios da Inglaterra.São alguns dos detalhes da história.
Outro detalhe, a India só conseguiu a sua independência no ano de l947 com a divisão do pais em dois. Paquistão com os musulmanos e a India com os indus. Divisão essa sempre para criar desarmonia.
Isso tudo foi com com o dedo de quem? Para quen não sabe convem pesquisar.
Gilberto ...li As Veias Abertas do inefável Galeano décadas atrás. Perfeito exemplo da visão esquerdista católica e sem qualquer preocupação com a verdade geopolítica. Um livreto que procura colocar a culpa das mazelas sul americanas nas "Potências Imperialistas". Caso se interesse, posso sugerir alguns livros de escritores brasileiros, uruguaios e argentinos com uma análise histótica verdadeira sobre a Guerra.
Gerd ... O Paraguai era pobre e atrasado....não havia nenhuma fábrica de locomotivas e sim uma oficina de reparos para as parcas linhas existentes. 90% da terra do País pertencia à Familia Lopes. Não havia empresários no País, pois o Pai de Solano Lopes expulsou ou matou a elite paraguaia com medo de ser deposto. Nenhum país avançado permanece pobre após guerras. Ele se reconstrói como vemos coma a Alemanha e Japão. o Paraguai era pobre e inculto antes da guerra e continuou pobre e inculto depois.