Milho fecha a 3° feira em campo misto na B3 e em alta na Bolsa de Chicago

Os preços do milho terminaram a sessão desta terça-feira (19) em campo misto na B3. O mercado testou os dois lados da tabela durante todo o dia e concluiu os negócios com alta de 1,15% no maio, valendo R$ 61,60 por saca, enquanto o setembro foi a R$ 61,70 com baixa de 0,32%. 

O foco está sobre a safrinha. As condições climáticas são ponto importante de atenção para os preços agora, já que este final do verão 2023/24 ainda traz um cenário adverso para o desenvolvimento das lavouras, com previsões indicando tempo seco pelos próximos 5 a 10 dias no Centro Sul do Brasil.

"O mercado também foca no clima mais seco para o mês de abril. Embora o clima tenha melhorado para a região central do Brasil nesta segunda metade de março, mas, um longo período de seca conforme vem sendo apontado para o mês de abril e maio, poderia refletir na queda dos rendimentos da safrinha 2024", explica a Agrinvest Commodities. 

O mercado futuro brasileiro de milho também iniciou a semana focando o movimento do câmbio, com o dólar rompendo os R$ 5,00 pela primeira vez, desde outubro, nesta segunda-feira (18). Nesta terça, apesar da movimentação limitada e da da cautela à espera das informações que a 'Super Quarta' traz amanhã, em especial sobre os juros nos EUA, a moeda segue acima dos R$ 5,00 e fechouem R$ 5,03, o que auxilia nos ganhos do cereal na B3.

BOLSA DE CHICAGO 

Os ganhos para os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago foram de pouco mais de 3 pontos nos contratos mais negociados, levando o maio a US$ 4,39 e o setembro a US$ 4,61 por bushel. 

O mercado acompanha as altas fortes que, mais uma vez, os preços do trigo testam nesta terça. O grão subia mais de 1% hoje, ainda refletindo a escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Ainda assim, segundo explicam analistas e consultores internacionais, o mercado não deixa de registrar o avanço do plantio da segunda safra brasileira e as condições de clima. 
E este mercado aguarda ainda pelas notícias da economia global que chegam nesta quarta-feira (20) e, no final do mês, dados atualizados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a área de plantio para a safra 2024/25 do país.