Milho: B3 tem 6ª feira de fortes ajustes e cede até 3,7% entre as posições mais negociadas
Depois de uma semana bastante volátil, os futuros do milho fecharam o pregão desta sexta-feira (15) na B3 com baixas consideráveis, devolvendo parte dos ganhos da semana. As perdas entre os contratos mais negociados foram de 2,7% a 3,7%, levando o maio a terminar o dia com R$ 60,75 e o setembro com R$ 61,64 por saca.
"Nos últimos dias, o milho na B3 subiu fortemente devido ao corte de produção pela Conab diante das perspectivas de uma clima mais seco para os meses de abril e maio que, se confirmadas, poderiam trazer perdas para o rendimento da safrinha 2024", explicam os analistas da Agrinvest Commodities.
As preocupações com a safrinha continuam diante, principalmente, da onda de calor que castiga o Centro-Sul do Brasil e que deve se estender até o final do verão. As previsões mais atualizadas dão conta de que esta onda de calor deverá se estender até o final do verão, em 20 de março.
De acordo com informações da Brandalizze Consulting, já há relatos de perdas de produtividade alcançando os 20% na segunda safra de milho do Paraná, em determinadas regiões, com a possibilidade do índice alcançar até 50% caso as chuvas são cheguem. Afinal, partes importantes do estado - que é o segundo maior produtor nacional de safrinha - já sofrem com duas a quatro semanas de seca e calor intenso.
Enquanto o mercado continua reagindo à finalização da colheita da safra de verão, ao plantio da segunda safra e às adversidades do clima, os negócios estão mais contidos, como explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
"O mercado do milho está com as negociações em cima da safra de verão, que está colhendo, e as indústrias atuando nos lotes livres, desta forma, trazendo calmaria nas
cotações. Olho também nos portos, que seguem com interesse e alguns fechamentos de barter", explica Brandalizze. "No geral, o mercado do milho vai fechando uma semana de calmaria".
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