IBGE: Em 2023, abate de bovinos cresce e o de suínos e frangos atingem recordes

Publicado em 14/03/2024 11:05

Em 2023, foram abatidos 34,06 milhões de cabeças de bovinos, com alta de 13,7% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022.

Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2023, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças, um aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022 e o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997.

Em relação aos suínos, em 2023 foram abatidos 57,17 milhões de cabeças, novo recorde da pesquisa, com alta de 1,3% (+707,33 mil cabeças) em relação a 2022.

A aquisição de leite cru acumulada em 2023 foi de 24,52 bilhões de litros, um acréscimo de 2,5% frente a 2022, retomando o crescimento após dois anos de quedas consecutivas.

A produção de ovos de galinha em 2023 foi de 4,21 bilhões de dúzias, alcançando mais uma vez um recorde na série histórica, com alta de 2,7% frente 2022, quando a produção também foi recorde.

No 4º trimestre de 2023, o abate de bovinos aumentou 21,3%, o de suínos cresceu 1,1% e o de frangos teve queda de 2,2% ante o mesmo período de 2022. Frente ao 3º trimestre de 2023, o abate de bovinos subiu 1,8%, o de suínos recuou 3,4% e o de frangos caiu 3,2%.

A aquisição de leite foi de 6,46 bilhões de litros, com aumento de 2,2% ante o 4º trimestre de 2022 e alta de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Já a aquisição de peças inteiras de couro cru pelos curtumes subiu 17,7% frente ao 4º trimestre de 2022, e aumentou 2,6% ante o trimestre anterior, somando 9,17 milhões de peças de couro cru.

Foram produzidas 1,05 bilhão de dúzias de ovos de galinha no 4º trimestre de 2023, alta de 0,5% em relação ao mesmo período de 2022 e redução de 1,9% frente ao trimestre anterior.

 

Abate de bovinos volta a subir em 2023 e tem recorde de produção peso de carcaças

Em 2023, foram abatidas 34,06 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, com alta de 13,7% frente ao ano anterior.

Esse resultado dá sequência à tendência de crescimento verificada em 2022. Em termos de cabeças abatidas, esse é o segundo maior resultado obtido no histórico da pesquisa, atrás apenas daquele registrado em 2013. Contudo, a produção de 8,95 milhões de carcaças foi recorde.

Em 2023, o abate de fêmeas apresentou alta pelo segundo ano consecutivo, com um incremento de 26,6% em comparação ao ano passado. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas) registradas pela série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba (Cepea/Esalq).

O abate de 4,11 milhões de cabeças de bovinos a mais, no comparativo 2023/2022, foi causado por aumentos em 21 das 27 Unidades da Federação. Os acréscimos mais expressivos, nas Unidades da Federação com 1,0% ou mais de participação ocorreram em Mato Grosso (+1,21 milhão de cabeças), Rondônia (+841,05 mil cabeças), Goiás (+535,19 mil cabeças), Pará (+440,24 mil cabeças), Minas Gerais (+247,21 mil cabeças), Bahia (+195,43 mil cabeças) e Tocantins (+149,30 mil cabeças). Em contrapartida, a queda de maior intensidade ocorreu no Mato Grosso do Sul (-29,66 mil cabeças).

Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2023, com 17,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,4%) e São Paulo (10,1%).

No 4º trimestre de 2023, foram abatidas 9,15 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve alta de 21,3% frente o 4º trimestre de 2022 e aumento de 1,8% em relação ao 3º trimestre de 2023.

Abate de suínos cresce 1,3% e atinge novo patamar recorde

Em 2023, foram abatidos 57,17 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,3% em relação a 2022 e um novo recorde para a pesquisa.

Numa comparação mensal entre os anos de 2023 e 2022, janeiro apresentou a maior alta (+333,10 mil cabeças) e somente nos meses de abril, setembro e dezembro, o abate de suínos caiu No acumulado de 2023, as exportações de carne suína in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, somente em agosto e em outubro foram registradas quedas A conjuntura para o setor produtivo da suinocultura em 2023 mostrou redução dos custos de produção (milho e farelo de soja), consequência da safra recorde de 2023 e da desaceleração do crescimento da oferta.

O abate de 707,33 mil cabeças de suínos a mais em 2023, em relação ao ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 9 das 24 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+660,63 mil cabeças), Santa Catarina (+631,22 mil cabeças) e Mato Grosso do Sul (+64,29 mil cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-266,10 mil cabeças), São Paulo (-166,97 mil cabeças), Mato Grosso (-126,92 mil cabeças), Goiás (-54,25 mil cabeças) e Rio Grande do Sul (-20,85 mil cabeças).

Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2023, com 29,5% do abate nacional, seguido por Paraná (21,2%) e Rio Grande do Sul (17,0%).

O abate de suínos somou 14,15 milhões de cabeças no 4º trimestre de 2023, com alta de 1,1% ante o mesmo trimestre de 2022 e queda de 3,4% frente ao trimestre anterior.

Abate de frangos é o maior da série histórica

No acumulado do ano, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022.

Esse resultado foi o melhor da série histórica iniciada em 1997. Numa comparação mensal entre os anos 2023/2022, o mês de janeiro apresentou a maior alta (+33,37 milhões de cabeças) e somente nos meses de setembro, novembro e dezembro, o abate de cabeças de frangos caiu.

Em 2023 foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, em todos os meses foram registrados aumentos. Os preços médios do setor avícola seguiram uma trajetória de queda até julho de 2023 com posterior recuperação até o fim do ano.

O abate de 172,35 milhões de cabeças de frangos a mais em 2023, em relação ao ano anterior, foi determinado por aumento no abate em 13 das 25 Unidades da Federação que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: Paraná (+111,99 milhões de cabeças), Santa Catarina (+40,96 milhões de cabeças), Minas Gerais (+34,26 milhões de cabeças), São Paulo (+27,03 milhões de cabeças) e Goiás (+22,95 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-32,97 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (-11,01 milhões de cabeças), Bahia (-9,97 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-5,86 milhões de cabeças).

Paraná continuou liderando amplamente o ranking das UFs no abate de frangos em 2023, com 34,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (12,5%).

No 4º trimestre de 2023, foram abatidas 1,53 bilhão de cabeças de frango. Esse resultado significou uma queda de 2,2% em relação ao trimestre equivalente do ano anterior e diminuição de 3,2% na comparação com o 3º trimestre de 2023.

Aquisição de leite volta a crescer, após dois anos de recuo

Em 2023, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022.

Na comparação mensal, com exceção de fevereiro, todos os demais meses apresentaram variação positiva em relação à 2022, sendo que a variação mais significativa foi constatada em junho (120,80 milhões de litros). Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias. Este fato, associado ao aumento da produção interna, influenciou na redução do preço pago ao produtor ao longo do ano de 2023. Somou-se a esse cenário uma demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos.

Houve acréscimo de 604,02 milhões de litros de leite, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, relacionado ao aumento no volume captado em 19 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas absolutas mais consideráveis ocorreram em Santa Catarina (+215,37 milhões de litros), Paraná (+189,36 milhões de litros), Sergipe (+64,31 milhões de litros) e Ceará (+53,56 milhões de litros). Em contrapartida, ocorreram decréscimo em sete estados, sendo que os mais expressivos foram verificados em São Paulo (-117,70 milhões de litros), Minas Gerais (-37,22 milhões de litros) e Pará (-22,03 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%).

A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária no 4º trimestre de 2023 foi de 6,46 bilhões de litros. O valor correspondeu ao aumento de 2,2% em comparação ao volume registrado no 4º trimestre de 2022 e aumento de 2,6% em comparação ao obtido no trimestre imediatamente anterior.

Aquisição de couro aumenta 11,7% em 2023

Em 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 34,40 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 11,7% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi novembro (+23,8%).

O aumento de 3,60 milhões de peças inteiras de couro, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi influenciada pelo incremento do recebimento de peles bovinas em 12 das 18 Unidades da Federação que possuem pelo menos 5,0% de participação na aquisição nacional de peças de couro. As variações positivas mais significativas ocorreram em Goiás (+1,35 milhão de peças), Mato Grosso (+862,48 mil peças), Rondônia (+702,83 mil peças), Pará (+326,12 mil peças), Paraná (+181,95 mil peças) e São Paulo (+173,83 mil peças). Por outro lado, a redução mais significativa ocorreu no Rio Grande do Sul (-229,74 mil peças).

No ranking das UFs, Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2023, com 17,1% de participação nacional, seguido por Goiás (13,7%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

Os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 9,17 milhões de peças inteiras de couro cru bovino no 4º trimestre de 2023. Essa quantidade representa um aumento de 17,7% em comparação à registrada no 4º trimestre de 2022 e de 2,6% frente ao trimestre imediatamente anterior.

Produção de ovos de galinha sobe 2,7% em 2023 e bate novo recorde

No ano de 2023, a produção de ovos de galinha foi de 4,21 bilhões de dúzias, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Foi o maior valor já registrado na série histórica da pesquisa, resultando em mais um ano de recorde de produção.

Apesar da retração dos preços médios das carnes ao consumidor final, os ovos ainda constituem uma fonte bastante acessível em termos comparativos. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação, também levantada por esta pesquisa.

A produção de 111,60 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, no comparativo 2023/2022, foi consequência do aumento de produção em 21 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os aumentos mais expressivos ocorreram em: Paraná (+28,82 milhões de dúzias), Goiás (+15,11 milhões de dúzias), São Paulo (+9,27 milhões de dúzias), Minas Gerais (+8,23 milhões de dúzias) e Mato Grosso (+8,00 milhões de dúzias). As UFs que apresentaram as quedas mais significativas foram: Amazonas (-3,06 milhões de dúzias) e Espírito Santo (-1,44 milhão de dúzias).

O Estado de São Paulo apresentou um incremento de 0,8% em sua produção, se comparada com o ano anterior, e seguiu como responsável pela maior produção dentre as UFs, liderando o ranking anual dos Estados em produção de ovos de galinha, com 26,4% da produção nacional, seguido pelo Paraná (10,3%), Minas Gerais (8,8%) e Espírito Santo (8,0%).

A produção de ovos de galinha no 4º trimestre de 2023 chegou a 1,05 bilhão de dúzias, correspondendo a um aumento de 0,5% em relação à quantidade apurada no mesmo trimestre de 2022 e queda de 1,9% sobre a registrada no trimestre imediatamente anterior. Não foi a primeira vez que se observou queda de um 3º para 4º trimestre; contando com o resultado desta edição da pesquisa, foram cinco ocorrências nos últimos 10 anos. Entretanto o 4º trimestre de 2023 trouxe a segunda maior produção já estimada pela pesquisa, ficando atrás apenas da produção do 3º trimestre do mesmo ano.

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Fonte:
IBGE

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