Açúcar reage na Bolsa de NY nesta 3ª após testar mínimas do mês de janeiro
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (05) com alta nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado testou recuperação com ajustes técnicos depois de mínimas na véspera, além de seguir perspectivas para a safra 2024/25.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,31%, cotado a 20,87 cents/lb, com máxima em 21,16 cents/lb e mínima de 20,53 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato saltou 0,22%, a US$ 594,30 a tonelada.
O mercado do açúcar voltou a subir nas bolsas externas com ajustes técnicos, após testar mínimas do mês de janeiro na véspera em Nova York. Além disso, os preços acompanham as perspectivas para a safra 2024/25 da BP Bunge Bioenergia.
Em conferência sobre açúcar em Dubai, o CEO da BP Bunge Bioenergia, Geovane Consul, disse que a produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil, principal região produtora, deve cair 4,4%, para 40,8 milhões de toneladas no novo ciclo de produção.
"Não estamos tendo um bom clima", disse ele. As informações foram reportadas pela agência de notícias Reuters.
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+ Produção de açúcar do centro-sul do Brasil deve cair em 2024/25, diz CEO da BP Bunge
Nos últimos dias os preços caíam acompanhando melhores expectativas com a safra das origens asiáticas, segundo a trading de commodities Wilmar.
A produção de açúcar na Tailândia pode ficar entre 8,5 e 9 milhões de toneladas, mais de 1 milhão acima que as estimativas. E, da Índia, muito provavelmente, acima de 33 milhões, quase a mesma do ano passado, de acordo com um analista da Wilmar
A entidade ainda espera a nova safra do Brasil entre 42,5 milhões e 44,5 milhões de toneladas de açúcar.
No financeiro, os preços do adoçante sentiram alguma limitação da alta no dia com a queda de cerca de 1% do petróleo. As oscilações do óleo bruto impactam na decisão sobre o mix de produção das usinas. O dólar tinha leve alta sobre o real.
MERCADO INTERNO
Os preços internos do açúcar têm recuado neste início de março. "Apesar da menor oferta, a baixa demanda mantém a pressão sobre os valores domésticos", disse em nota o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 142,94 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,13%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 162,42 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 21,64 c/lb com queda de 2,31%.
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