Super 3ª deve testar recuperação de poder político do setor de criptomoedas
Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - O crescente setor de criptomoedas está entrando nas eleições de 2024 dos Estados Unidos, investindo milhões de dólares nas votações primárias do evento conhecido como Superterça, que acontece na Califórnia, Alabama e Texas. O objetivo é apoiar candidatos favoráveis às moedas digitais e derrotar aqueles que pressionam o setor por mais regulamentação.
O desempenho desses candidatos na terça-feira, quando dezenas de disputas em todo os Estados Unidos serão reduzidas a dois concorrentes, indicará quanta influência os cada vez mais ricos executivos de criptomoedas poderão exercer em novembro.
Os novos super PACs do setor, ou grupos independentes de arrecadação de fundos, Fairshake, Protect Progress e Defend American Jobs, apoiados por fundos da corretora de criptomoedas Coinbase e dos gêmeos Winklevoss, investiram pelo menos 13 milhões de dólares nas primárias de terça-feira. A avaliação decorre de uma análise da Reuters de dados da OpenSecrets, um grupo de pesquisa que rastreia o dinheiro na política dos EUA e sua influência nas eleições e na política.
E isso é apenas o começo, dizem especialistas.
“A comunidade cripto está fazendo política para vencer”, disse o porta-voz da Fairshake, Josh Vlasto. “Teremos influência e impacto nas disputas por candidatos que se alinhem com a nossa agenda e a nossa visão.”
No total, os três super PACs arrecadaram quase 102 milhões de dólares de janeiro de 2023 a janeiro de 2024, mostraram dados da Comissão Eleitoral Federal.
O setor de criptomoedas cresceu nos últimos meses, e o preço do bitcoin atingiu um novo máximo na semana passada, depois que o colapso de vários grandes grupos do setor em 2022 esmagou os preços e provocou uma repressão regulatória.
O setor, incluindo os seus funcionários e comitês de ação política, contribuiu até agora com cerca de 59,2 milhões de dólares para o ciclo eleitoral de 2024, acima dos 26,8 milhões nas eleições de meio de mandato de 2022 e do 1,6 milhão do ciclo de 2020, mostraram os dados da OpenSecrets.
A democrata progressista da Califórnia Katie Porter, que concorre ao Senado, é um alvo importante. A Fairshake gastou mais de 10 milhões de dólares para tentar convencer os eleitores a não apoiar Porter, incluindo o lançamento de uma compra de mídias de TV e digitais em todo o Estado.
Porter se juntou à senadora Elizabeth Warren em 2022, buscando informações da operadora da rede elétrica do Texas sobre as operações de mineração de moedas digitais no Estado e como a energia que a indústria usa afeta as mudanças climáticas e a rede energética.
“Este obscuro super PAC está gastando mais de 10 milhões de dólares para expulsar Katie de Washington porque sabe que ela defenderá os californianos e enfrentará interesses especiais poderosos como eles no Senado”, disse a porta-voz da campanha de Porter, Lindsay Reilly.
A Protect Progress também gastou cerca de 1,7 milhão de dólares para apoiar Shomari Figures, um democrata e ex-vice-chefe de gabinete do procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, que concorre na briga pelo segundo distrito do Alabama. Espera-se que um democrata vença a eleição disputada.
Figures, se eleito, prometeu “abraçar o novo cenário em torno dos ativos digitais, como a criptomoeda, para estimular a inovação e o avanço tecnológico”, diz seu site.
No Texas, a Protect Progress investiu cerca de 962 mil dólares em apoio à deputada Julie Johnson, uma democrata que concorre na disputa pelo 32º distrito congressional do Estado.
Enquanto isso, a Defend American Jobs alocou mais de 1 milhão de dólares para apoiar o deputado John Bradford III e o deputado Tim Moore, ambos republicanos, na Carolina do Norte, mostraram dados do OpenSecrets. Moore é o presidente da Câmara do Estado.
Os democratas são os favoritos para assumir o controle da Câmara dos Representantes nas eleições de 2024, talvez por uma pequena margem, o que significa que os membros individuais do Congresso poderão desempenhar papéis fundamentais na aprovação de legislação.
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