Governo indica recondução de representantes da União no conselho da Petrobras, dizem fontes
Por Marta Nogueira
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Ministério de Minas e Energia enviou à Petrobras ofício indicando a recondução dos seis membros que representam a União no conselho de administração da companhia, disseram à Reuters nesta sexta-feira duas fontes próximas às discussões.
O ofício foi enviado apesar de recentes notícias apontando um interesse da atual administração da petroleira de indicar outros nomes ao governo.
A eleição do colegiado ocorrerá em 25 de abril, em Assembleia Geral Ordinária de acionistas.
Procurada, a Petrobras não comentou o assunto imediatamente.
A indicação de membros ao colegiado da Petrobras é de responsabilidade da pasta de Minas e Energia, hoje liderada por Alexandre Silveira (PSD), que fez críticas públicas ao comando da Petrobras, presidida por Jean Paul Prates, ex-senador pelo PT, durante o ano passado.
Uma das fontes afirmou à Reuters que Prates pediu ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que pudesse indicar uma das cadeiras, ainda no início de janeiro, mas a ideia foi logo descartada.
A colunista Malu Gaspar, de O Globo, publicou nesta semana que Prates estaria articulando "uma ofensiva com o objetivo de ampliar o controle do PT sobre o conselho de administração da estatal e remover os conselheiros ligados ao ministro de Minas e Energia".
Os seis nomes indicados para a recondução deverão agora ser avaliados novamente pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras, onde passarão por testes de integridade e governança, disse a fonte, ponderando que como já são integrantes do colegiado não deve haver impeditivos para que permaneçam em seus cargos.
Os nomes que serão reconduzidos como representantes da União são Pietro Mendes, como membro e presidente do conselho, além dos conselheiros Jean Paul Prates, Vitor Saback, Renato Galuppo, Bruno Moretti e Sergio Machado Rezende.
A notícia da recondução foi publicada mais cedo pela agência especializada epbr.
O conselho da Petrobras é composto atualmente por 11 membros. Além dos seis indicados pelo governo, quatro membros hoje representam acionistas minoritários e um foi eleito pelos empregados.
(Por Marta Nogueira)
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