Grupo BBF reforça apoio à Adepará, Faepa e Abrapalma no combate ao comércio ilegal de dendê no Pará
O Grupo BBF (Brasil BioFuels), maior produtor de óleo de palma da América Latina, participou nesta terça-feira (06), na sede da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), em Belém, da cerimônia de Apresentação da Guia de Trânsito Vegetal (GTV) do dendê, que busca combater o comércio ilegal de frutos de dendê no estado do Pará.
No encontro, Adepará, Faepa e Abrapalma lideraram a agenda e apresentaram as ações da Portaria N°6143/2023, de 28 de dezembro de 2023, que instituiu a Política de Rastreabilidade para a Cadeia Produtiva da Palma de Óleo. A coalização para a rastreabilidade e combate ao comércio ilegal de dendê esclareceu dúvidas e recebeu contribuições para aprimoramento do processo de implementação da Guia de Trânsito Vegetal (GTV) do dendê, instrumento importante para o mecanismo de rastreio e fiscalização do transporte dos frutos, atestando a comprovação de origem e destino da produção. A portaria implementa ainda a obrigatoriedade do cadastramento das áreas de cultivo, unidades beneficiadoras e transportadores de cachos de frutos frescos de palma de óleo produzidos no Estado. A norma tem prazo de 120 dias para começar a vigorar após a publicação que ocorreu em 02 de janeiro de 2024, portanto, a partir de 01 de maio de 2024.
O evento contou com as presenças da diretora de Defesa de Inspeção Vegetal da Adepará, Lucionila Pimentel; do vice-presidente da Abrapalma e diretor agrícola do Grupo BBF, Fábio Pacheco; do subdiretor de Organização Produtiva e Povos Tradicionais da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar, Magnaldo Menezes; do representante da Fetagri, Ivaldo de Oliveira; do secretário-adjunto de Segurança Pública do estado do Pará, Luciano de Oliveira, entre outras autoridades. Representantes da Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), secretários municipais de agricultura de todo o estado e representantes de associações de agricultores familiares também estiveram no encontro.
Para Lucionila Pimentel, da Adepará, a Guia de Trânsito Vegetal vai coibir irregularidades cometidas hoje na comercialização dos frutos de dendê no estado. “A recepção do produto só poderá acontecer mediante a Guia de Trânsito Vegetal e o acompanhamento da guia”, disse Lucionila. “Haverá um fiscal que vai acompanhar mensalmente a entrada, a recepção dos produtos e a organização das informações referentes à produção recebida. Então, o produto que entrar nas indústrias será acompanhado de uma intensa fiscalização”, completou a diretora.
Dendê - A cultura da palma de óleo, conhecida popularmente como dendê, dá origem ao óleo vegetal mais consumido no mundo e é muito importante para o desenvolvimento agrícola do Pará. “Entendemos a necessidade da adoção de medidas que regulamentem a cadeia produtiva do dendê. Atualmente, o Grupo BBF é um dos principais produtores de palma no Pará, com mais de 60 mil hectares cultivados e incentivo de mais de 450 agricultores que fazem parte do Programa de Agricultura Familiar da empresa. Parabenizamos o esforço conjunto da coalizão e do governo do Estado para que o Pará continue sendo referência na produção de palma de óleo no Brasil”, destaca Fábio Pacheco, diretor agrícola do Grupo BBF. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado do Pará produz mais de 2,9 milhões de toneladas de dendê anualmente e lidera a produção nacional.
Já pela Abrapalma, o vice-presidente Fábio Pacheco, destaca que a Guia de Trânsito Vegetal será fundamental para que, inclusive a Segup, órgão de segurança pública do estado, possa atuar com a materialidade de eventuais ilícitos que podem constituir inclusive objeto para eventuais punições. “Isso que a gente espera para aqueles que cometem ilegalidades no comércio da palma. Hoje nós temos mais de 200 mil hectares de plantios de palma vinculados à Abrapalma aqui no Pará, entre associados e produtores dos associados e que correm também um alto risco de problemas fitossanitários. Criar uma ferramenta tão poderosa como essa, para manter a fiscalização, conhecer a origem e o destino dos frutos, ter um bom cadastro dos produtores, conhecer a condição dos plantios e os problemas fitossanitários que eventualmente tenham é fundamental para garantir o futuro e a sustentabilidade desse setor tão importante para o desenvolvimento da bioeconomia do estado do Pará”, conclui Pacheco.
0 comentário
Sérgio Souza: “Dialogamos com todos os envolvidos e consolidamos um texto robusto”
CAE rejeita emendas ao Estatuto Profissional dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas
Comissão de Agricultura na Câmara aprova projeto que reduz dependência de fertilizantes importados
Unem participa do Encontro Nacional do Agro e dos Adidos Agrícolas em Brasília
Abrasel classifica retratação do Carrefour como incompleta e reforça apoio ao agronegócio brasileiro
Tarifas de Trump podem aumentar a conta do supermercado – da carne bovina à suína, do abacates à tequila