Açúcar: Possibilidade de moagem no BR abaixo de 600 mi de t faz preços dispararem nesta 4ª

Publicado em 07/02/2024 15:39
Cotação do adoçante na Bolsa de Nova York ficou próxima de 24,50 cents/lb na máxima do dia

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (07) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado teve suporte das preocupações com a oferta, já que safra 2024/25, que começa em abril, do Centro-Sul do Brasil deve ser mais baixa.

O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 1,36% no dia, a 23,88 cents/lb, com máxima em 24,41 cents/lb e mínima de 23,64 cents/lb. No terminal de Londres, o primeiro contrato saltou 0,86%, a US$ 647,00 a tonelada.

"Os revendedores disseram que o mercado está acompanhando de perto o clima no Centro-Sul do Brasil, com preocupações de que a moagem de cana possa cair abaixo de 600 milhões de toneladas em 2024/25 devido à falta de chuvas", reportou a Reuters.

Na safra 2023/24, que vai até março deste ano, a moagem de cana totaliza 645 milhões de toneladas, um recorde. O mundo tem sido bastante dependente do açúcar brasileiro nos últimos meses, já que há problemas com a safra de outras importantes origens.

Os dados de exportação do adoçante neste início de ano reforçam esse cenário. O Brasil exportou 3,202 milhões de toneladas em janeiro (22 dias úteis), com receita acumulada de mais de US$ 1,689 bilhão, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O volume é quase 60% maior do que o registrado em janeiro de 2023.

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+ Exportação de açúcar pelo BR totaliza 3,202 mi de t em janeiro; quase 60% acima do mesmo período de 2023

No financeiro, o dia também foi de suporte ao açúcar nas bolsas externas com atenção para o petróleo, que tinha ganhos próximos de 1% nesta tarde. O óleo tem influência direta na decisão sobre o mix das usinas, se será mais voltado ao açúcar ou de etanol.

MERCADO INTERNO

O mercado interno do açúcar começou o ano com baixas, apesar da tendência de preços mais firmes à frente, segundo as consultorias. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 144,17 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,28%.

A trading inglesa Czarnikow, porém, espera que o preço de ATR no ciclo 2024/25 seja recorde em R$ 1,28 o quilo. Por trás dessa projeção está a expectativa de preços açúcar bruto no novo ciclo produtivo, que devem ficar 6% acima da média da safra 2023/24 e preços do etanol também mais valorizados.

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+ Czarnikow projeta recorde de preço do ATR na safra 2024/25 de cana do Centro-Sul do país

Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 152,60 – estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 24,78 c/lb e valorização de 0,13%

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Por:
Jhonatas Simião | Instagram @jhonatassimiao
Fonte:
Notícias Agrícolas

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