Sebrae diz que redução da taxa Selic é positiva, mas ainda dificulta acesso ao crédito
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu prosseguimento à sequência de redução da taxa básica de juros (Selic) e anunciou, nesta quarta-feira (31), um corte de 0,5%, levando a taxa para o nível de 11,25% ao ano. Esta é a quinta queda consecutiva. Em agosto de 2023, o índice estava em 13,75%, após 12 aumentos seguidos. Mesmo com o recuo, os juros continuam acima dos dois dígitos, o que, somado à inflação de 4%, traça um cenário ainda difícil para as micro e pequenas empresas que necessitam acessar crédito para pagar suas dívidas. “O Brasil precisa de crédito, a economia precisa ter crédito para poder crescer e se desenvolver, principalmente os pequenos negócios, que precisam ter uma taxa de juros crédito protetiva”, defende o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Essa dificuldade foi comprovada em estudo do Sebrae que sinaliza que apenas 30% das micro e pequenas empresas procuram os bancos para ter acesso a crédito – dessas, somente 40% têm sucesso na busca por empréstimos. Já outra pesquisa da instituição e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que aproximadamente sete em cada 10 pequenos negócios inadimplentes no Brasil têm 30% ou mais do seu custo mensal comprometido com dívidas. O dado reforça que além da redução da Selic e da melhora na economia, faz-se necessário o lançamento de uma nova etapa do programa Desenrola Brasil voltado especificamente para os MEI, micro e pequenas empresas (MPE) medida já anunciada pelo governo federal.
De acordo com o levantamento, para 23% das empresas com dívidas atrasadas, os débitos chegam a representar mais de 50% das despesas mensais do negócio. O endividamento das MPE continua a ser uma preocupação, e o Desenrola para os pequenos negócios é fundamental para que a base dos CNPJ brasileiros tenham condições de aproveitar esse momento de estímulo da economia com a tendência de queda da taxa de juros, argumenta o presidente Décio Lima. “Nossa luta para baixar a Taxa Selic será permanente e nossa pressão está tendo resultados. Não fosse ela, nós não teríamos mais esse acontecimento de hoje, quando o Copom faz a redução da Taxa Selic, que ainda está alta.”
Ele lembra que milhares de empreendedores que precisaram buscar crédito durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19 ainda estão lutando para se livrar das dívidas. “As taxas de juros praticadas pelos bancos para os empréstimos de micro e pequenas empresas chegam até 30% ou 35% ao ano. Por isso, precisamos cuidar para que eles consigam recuperar o fôlego e voltar a investir e gerar empregos”, acrescenta.
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
Falem ao Governo que quanto mais acertada for a política fiscal, mais dinheiro sobrará para o setor produtivo. Se o Governo for muito perdulário, não sobrará nada e o dinheiro vai ficar extremamente caro. Se o governo for mais ou menos perdulário, sobrará um pouco mais de dinheiro e o setor produtivo terá um pouco mais de dinheiro um pouco mais barato. Se o governo for eficiente e suficientemente econômico com os gastos, o setor produtivo terá mais dinheiro, e o dinheiro será mais barato ainda. É simples assim. O governo (setor público que não produz nada) não pode monopolizar o uso do dinheiro. Quanto maior a quantidade relativa do dinheiro na mão do governo, mais caro ele fica para o setor privado.
Ou seja: a economia deveria girar a favor da atividade privada (industria, comércio, serviço, agricultura, etc), sendo o ESTADO um mero normatizador dessas atividades. No entanto, o que se vê é exatamente o oposto, o público se sobrepondo ao privado. O Estado foi criado para atender o povo, as empresas, mas no Brasil o público sequestrou tudo, a roda só gira a favor dele (Estado). Nunca vai dar certo.
Perfeito, Gilberto.
Existe um velho ditado: "PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO"!
Então, voltemos duas décadas. Em 2003 o mundo "bombava" e, no Brasil se prometia uma nova era pois, um novo governo havia recém empossado.
Quais foram os resultados, quanto as commodities agrícolas? Alguém se lembra? Por acaso os preços das commodities agrícolas na Bolsa de Chicago estavam em queda? Qual foi o cenário para os produtores rurais a partir de 2003 até 2012? Lembram a cotação do dólar da época citada? O dólar foi mantido num patamar "bom", sob a batuta do Sr. Henrique Meireles. Lembram dele, um "homem" do meio financeiro, não é?
Agora, vivenciamos um retorno ao passado. Como conseguem fazer? Não sei, mas que "TEM CAROÇO NESSE ANGÚ" ... Ah! Isso tem.
Então, senhores ... A época atual repete "ipsis litteris" as décadas onde vivenciamos as realidades sob uma ideologia funesta.
APERTEM OS CINTOS QUE TURBULÊNCIAS VIRÃO !!!
Sr. HENRIQUE, o Mauricio Bellinelo que participa do TEMPO & DINHEIRO no NA, já disse várias vezes que o ativo que o BraZil mais exporta, não são as commodities agrícolas ou minerais.
O ATIVO QUE MAIS EXPORTA É ... JUROS !!!
Sim, são muitas décadas que o BraZil não paga suas dívidas internacionais. Então ele (BraZil) precisa que "alguém" o financie. Para isso, vai ao mercado e vende títulos com vencimentos futuros, são os títulos do "tesouro". Como todo investimento existe um "risco" (de não receber lá na frente), o investidor só compra se a "taxa de juros compensar o risco",
Agora quem são esses investidores? São as grandes fortunas do país, incluindo bancos e fundos de investimentos nacionais e estrangeiros. Aí a "roda gira" ... & ... a dívida aumenta na escala da porcentagem do PIB. Só que o PIB brasileiro está na casa de US$ 1,8 TRILHÃO DE DÓLARES.
Agora é só fazer a conta quando "eles" dizem que a dívida aumentou só 0,6% do PIB.
"ESSE SÓ" 0,6% CORRESPONDE A "ALGUNS BILHÕES DE DÓLARES"!!!
Agora vem a cereja do bolo: & QUEM PAGA ESSA CONTA?