Trump busca vitória expressiva e Haley tenta conter rival na votação de New Hampshire

Publicado em 23/01/2024 10:34 e atualizado em 23/01/2024 11:47

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Por Gram Slattery e James Oliphant e Nathan Layne

MANCHESTER (Reuters) - Os eleitores de New Hampshire decidirão se darão a Donald Trump um caminho mais fácil para a indicação presidencial republicana ou se reforçarão a tentativa da rival Nikki Haley de derrubá-lo, nesta terça-feira, em uma eleição primária crucial.

O ex-presidente dos Estados Unidos e a ex-governadora da Carolina do Sul fizeram suas últimas apresentações aos eleitores no que se tornou uma disputa de duas pessoas depois que o governador da Flórida, Ron DeSantis, antes visto como a melhor aposta do partido para enfrentar Trump, desistiu e declarou apoio ao empresário de Nova York.

As pesquisas mostram Trump com uma ampla vantagem sobre Haley, que precisa de uma vitória ou de um segundo lugar forte em New Hampshire para levá-la à próxima disputa de indicação na Carolina do Sul, seu Estado natal, onde Trump também domina as pesquisas. O ex-presidente obteve uma vitória recorde na primeira disputa nacional, em Iowa, na semana passada.

Uma vitória retumbante em New Hampshire abriria o caminho para que ele garantisse a indicação e representaria uma notável demonstração de força no início do processo de indicação, um sinal de que os eleitores republicanos desejam reconduzi-lo à Casa Branca, apesar das várias acusações criminais contra ele, dois processos de impeachment e um mandato caótico como comandante-chefe. Trump, que está equilibrando os eventos de campanha com aparições em vários tribunais, nega qualquer irregularidade.

O candidato republicano enfrentará o presidente norte-americano, Joe Biden, provável candidato democrata, na eleição geral em novembro.

ESTRATÉGIA DEMOCRATA

Biden não está na cédula de New Hampshire, tendo apoiado um esforço dos democratas para transferir sua primeira eleição primária para o Estado mais diversificado da Carolina do Sul. Mas os apoiadores de New Hampshire ainda poderão votar nele escrevendo o nome de Biden na cédula, o que seria um barômetro de sua força política.

Em uma contraposição à corrida republicana, Biden, cujos assessores têm antecipado uma revanche com Trump, vai realizar um comício na Virgínia na noite de terça-feira com a vice-presidente Kamala Harris para discutir a ameaça que os republicanos representariam para o direito ao aborto se reconquistassem a Casa Branca.

O comício acontece depois que os democratas da Virgínia garantiram a maioria na legislatura estadual, fazendo do aborto uma questão central da campanha. A Suprema Corte, com uma maioria conservadora possibilitada por três juízes que se juntaram ao tribunal sob o comando de Trump, derrubou em 2022 a decisão Roe vs. Wade que garantia o direito das mulheres ao aborto.

Em New Hampshire, Haley também está cortejando os votos das mulheres, ao mesmo tempo em que intensifica suas críticas a Trump, para quem ela já trabalhou como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, ao atacar a afinidade dele com Vladimir Putin, da Rússia, e Kim Jong Un, da Coreia do Norte. Haley também criticou a idade e a acuidade mental de Trump, ataques que ela regularmente fazia a Biden.

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Fonte:
Reuters

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