Açúcar reverte mínimas de quase 9 meses e avança nesta 3ª em NY e Londres
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (19) com alta leve nas bolsas de Nova York e Londres, após trabalharem em queda na maior parte do dia. O mercado teve suporte de ajuste de posições, após mínimas de quase nove meses.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve valorização de 0,56%, a 21,43 cents/lb, com máxima em 21,62 cents/lb e mínima de 20,85 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato subiu 0,42%, negociado a US$ 615,20 a tonelada.
O mercado do açúcar recuou na maior parte da sessão desta terça-feira em meio expectativas positivas com o avanço da safra atual do Brasil e benefícios para o desenvolvimento do ciclo 2024/25. Nova York, inclusive, testou mínimas de meses durante a manhã.
"Os negociantes afirmaram que os especuladores continuavam a liquidar as posições longas num contexto de forte produção na importante região Centro-Sul do Brasil", reportou a agência de notícias Reuters durante a sessão desta terça.
Apesar disso, analistas consideram que o açúcar continua sustentado por Índia e Tailândia.
A Associação Indiana de Usinas de Açúcar da Índia trouxe nesta segunda que as indústrias do país produziram 7,4 milhões de toneladas métricas de açúcar entre 1º de outubro e 15 de dezembro, uma queda de 10,7% em relação ao ano anterior.
A Índia decidiu permitir que as usinas de açúcar desviem até 1,7 milhão de toneladas de açúcar para a produção de etanol.
No financeiro, o açúcar também teve suporte da alta de mais de 1% do petróleo no cenário internacional. As oscilações do óleo tendem a impactar diretamente na decisão sobre o mix das usinas. Além disso, o dólar caía sobre o real e dava suporte ao adoçante.
Uma moeda estrangeira menos valorizada que o real tende a desencorajar as exportações das commodities e dar suporte aos preços.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar voltaram a cair no mercado paulista. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP), a desvalorização no encerramento da semana esteve atrelada à flexibilidade por parte de algumas usinas.
"Como a demanda neste final de ano tem se mostrado pouco aquecida e os preços do açúcar demerara vêm caindo no mercado internacional, parte das usinas paulistas aceitou negociar a valores menores", reportou o centro de pesquisa.
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No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 151,44 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,29%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,74 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 22,20 c/lb com desvalorização de 3,09%.
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