Mercado vê rombo primário maior em 2023 e projeção para 2024 segue distante do déficit zero

Publicado em 14/12/2023 12:23

Logotipo Reuters

SÃO PAULO (Reuters) - Participantes do mercado financeiro pioraram significativamente suas projeções para o déficit primário do governo central neste ano, mostrou um relatório do Ministério da Fazenda, embora tenha havido uma ligeira redução na estimativa de rombo para o ano que vem, que segue, contudo, bem distante do déficit zero fixado como meta pelo governo.

O boletim Prisma de dezembro, publicado nesta quinta-feira, mostra agora expectativa mediana de que o Brasil registre em 2023 resultado primário negativo em 147,018 bilhões de reais, ante 113,512 bilhões de reais estimados no relatório de novembro.

Para o ano que vem, no entanto, houve revisão positiva na estimativa, passando a rombo de 90,00 bilhões de reais, contra 90,237 bilhões de reais esperados anteriormente. O governo tem como meta o déficit zero em 2024.

No que diz respeito à arrecadação das receitas federais -- considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir sua meta fiscal -- a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de 2,327 trilhões de reais neste ano, abaixo dos 2,330 trilhões de reais previstos no boletim anterior.

Por outro lado, para 2024, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,534 trilhões de reais, de 2,522 trilhões de reais antes, melhora que vem em meio a esforços da equipe econômica do governo para ampliar as receitas e tentar cumprir o objetivo de déficit zero no ano que vem, apesar de alguma dificuldade na tramitação das pautas econômicas no Congresso.

O mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 75,65% do PIB no final deste ano, contra 75,81% no relatório anterior. Para 2024, ainda é esperado uma alta do endividamento para 78,80% do PIB.

Houve aumento na expectativa mediana de despesa do governo federal deste ano, a 2,040 trilhões de reais, contra 2,020 trilhões anteriormente. Para o período seguinte, no entanto, a projeção caiu a 2,167 trilhões de reais, frente a 2,169 trilhões na leitura de novembro.

Para 2023, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 1,904 trilhão de reais, ante 1,906 trilhão de reais no último Prisma. Já para 2024, a expectativa caiu a 2,077 trilhões de reais, de 2,078 trilhões de reais antes.

(Por Luana Maria Benedito)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC

    Só rombo! Parem de gastar! Nossas estradas federais também estão todas cheias de rombos. Tem rombos que cabe quase um carro inteiro. A infraestrutura rodoviária federal está em cacos e não sobra dinheiro. Não sei pra onde o dinheiro vai!!!

    7
    • Leodir Vicente Sbaraine Terra Roxa - PR

      Calma Sr. Henrique..., está apenas no começo.., quem viver , verá..., quem trabalha e produz nesse Brasil tem que se Fdr. mesmo.., tamos juntos...

      7