Açúcar cai forte nesta 4ª e NY fica próxima das mínimas de 8 meses e meio
Os contratos futuros do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (13) com queda expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado chegou a oscilar dos dois lados da tabela, mas o otimismo com a oferta do adoçante voltou a imperar nesta metade de semana.
O terminal norte-americano, inclusive, ficou nas mínimas do dia próximo da baixa de oito meses e meio testada na véspera.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York teve desvalorização de 2,74%, cotado a 21,97 cents/lb, com máxima em 23,12 cents/lb e mínima de 21,82 cents/lb durante o dia. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de queda de 2,74%, negociado a US$ 627,60 a tonelada.
Apesar de oscilar dos dois lados da tabela nesta quarta, o mercado do açúcar fechou em forte baixa enquanto o otimismo com a oferta permanece no radar dos operadores de mercado, principalmente diante de dados que vêm da Índia e do Centro-Sul do Brasil.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe que a produção de açúcar na segunda metade de novembro totalizou 1,40 milhão de toneladas no Centro-Sul. Mais de 35% acima do volume registrado no mesmo período de 2022/23.
Enquanto isso, o Brasil exportou 3,7 milhões de toneladas de açúcar em novembro, marcando um novo recorde para o mês.
Além disso, a Índia anunciou nos últimos dias, que pediu para as usinas do país não usarem caldo de cana-de-açúcar e melaço para a produção de etanol, o que teoricamente deve voltar a favorecer a produção do açúcar em meio clima complicado para a safra.
"Apesar dos recentes desenvolvimentos positivos na oferta de açúcar da Índia e do Brasil, o equilíbrio global parece destinado a permanecer em déficit. Os fluxos comerciais globais devem permanecer apertados durante pelo menos o segundo trimestre de 2024", destacou o banco Citi.
Mais cedo, através de uma rede social, a Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês) destacou que a Aliança para uma Política Justa de Açúcar (AFSP, em inglês) saudou a decisão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, no inglês) de ajustar as cotas tarifárias de cana e açúcar em 2024.
"[A ação] poderia ajudar a resolver uma escassez de oferta do açúcar. A aliança também busca por reformas na política do adoçante", reportou.
No financeiro, o mercado do açúcar teve algum suporte no dia da alta do petróleo no cenário internacional. As oscilações do óleo tendem a impactar diretamente na decisão sobre o mix das usinas. Já o dólar registrava alta sobre o real, o que tende a limitar os preços.
Uma moeda estrangeira mais valorizada encoraja as exportações, mas pesa sobre os preços externos das commodities.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar cristal no mercado spot de São Paulo têm recuado, mas voltaram a ganhar vantagem ante o do mercado externo, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, ficou a R$ 154,00 a saca de 50 kg com desvalorização de 0,46%.
Nas regiões Norte e Nordeste, o açúcar ficou cotado a R$ 155,48 - estável, segundo dados coletados pela consultoria Datagro. Já o açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 23,54 c/lb com valorização de 0,53%.
0 comentário
Alta do petróleo evita perda mais expressiva e açúcar fecha 6ª feira (22) com variações mistas
Açúcar recupera perdas em NY, sobe quase 1% e fica quase estável no acumulado semanal
Futuros do açúcar seguem pressionados e abrem novamente em queda nesta 6ª feira (22)
Açúcar cai mais de 1% em NY pressionado por previsão de menor déficit global em 2024/25
Açúcar amplia queda em NY e Londres e cotações trabalham próximas às mínimas deste mês
Açúcar abre novamente em queda e já devolve ganhos acentuados do início da semana