Dia Mundial do Solo: Programa Solo + Fértil incentiva agricultores paulistas a fazerem análise das terras
Há dez anos, o mundo comemora o Dia do Solo, data implementada pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o objetivo de alertar para a importância de existirem solos saudáveis, essenciais para garantir a erradicação da fome, a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
Atenta a esse importante e essencial elemento da produção agrícola, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, acaba de firmar uma parceria com a Syngenta, empresa líder global em soluções agrícolas. Durante uma cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, no final de novembro, foi assinado o Termo de Cooperação Técnica para o Programa Solo + Fértil.
O Programa Solo + Fértil tem como objetivo promover a utilização da calagem e adubação em todas as Unidades de Produção Agropecuária do Estado. A iniciativa visa estimular os agricultores, especialmente os de pequeno e médio portes, a utilizar a análise de solo, incentivando o uso de calcário para corrigir a acidez dos solos.
“Estamos muito felizes com essa parceria e, principalmente, em poder contribuir com o aumento da prosperidade rural ao apoiar os produtores paulistas nesta jornada pelo avanço da saúde do solo. Este é um ponto fundamental para garantir a manutenção da biodiversidade e ampliar a produtividade agrícola de forma sustentável”, celebra Grazielle Parenti, vice-presidente de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Syngenta na LATAM.
O projeto está sendo implantado pelo Instituto Agronômico (IAC-APTA) e pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI/ SAA), órgãos ligados à Secretaria de Agricultura de São Paulo. A Syngenta ficará responsável por oferecer treinamento sobre boas práticas agrícolas e saúde do solo aos extensionistas da CATI, a serem ministrados por pesquisadores e palestrantes renomados no Brasil e exterior.
Um solo fértil é fundamental para o desenvolvimento das culturas, mas todos os anos se perdem enormes quantidades de solo nos campos agrícolas devido à erosão por manejo incorreto da terra. Uma estimativa da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), aponta que o fenômeno atinge cerca de 80% da terra agricultável do planeta, e é a principal ameaça ao solo saudável para a agricultura. A Organização internacional também estima que, atualmente, a cada 5 segundos, cerca de 1 hectare de solo é erodido no mundo. “Se continuarmos nesse ritmo, 90% dos solos do mundo serão degradados em 2050”, afirma a pesquisadora Isabella Clerici De Maria, do Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Os solos brasileiros, em sua grande maioria, apresentam restrições ao desenvolvimento das culturas de interesse produtivo e econômico em decorrência da presença de alumínio tóxico. O produto está associado à natureza dos solos brasileiros e à questão relacionada diretamente com a acidez.
Um importante avanço na agricultura brasileira foi a prática da calagem, introduzida anos atrás. O IAC foi uma das primeiras instituições brasileiras a implantar experimentos de campo para medir a erosão, no final dos anos 40, os dados obtidos desde então nas estações experimentais são utilizados para avaliar o efeito de culturas e sistemas de manejo no controle da erosão e na melhoria da qualidade do solo.
Nesse sentido, a Secretaria da Agricultura realiza o levantamento de unidades de produção agropecuária paulistas a cada 10 anos. O Estado de São Paulo conta hoje com mais de 400 mil Unidades de Produção Agropecuária (UPAs), segundo o Levantamento de Unidades de Produção Agropecuária (LUPA/SAA). Dessas, apenas 46,7% realizam análise de solo e 32,87%, adotam a prática da calagem, que é uma etapa fundamental para um bom cultivo.
O controle da deterioração por estes fatores é fundamental para a segurança alimentar da população e para o meio ambiente, já que 95% dos alimentos são, direta ou indiretamente, produzidos nele. Solos saudáveis e bem-estruturados tem permeabilidade rápida, o que facilita a retenção de água, reduzindo o escoamento superficial e por consequência, o processo erosivo.
“A expectativa é não só aumentar a produção do Estado, mas também promover a igualdade social por levar esse importante conhecimento aos pequenos e médios produtores que muitas vezes ficam fora dos avanços do potencial produtivo”, enfatiza o engenheiro agrônomo do CATI Regional de Guaratinguetá, Vinicius Nascimento.
O termo de cooperação com a Syngenta, fará com que a capacitação dos técnicos extensionistas da CATI, se desdobre em uma rotina de manejos corretos do solo em todas as unidades agropecuárias de São Paulo. A empresa que contribui há vários anos para combater esta situação, realiza diversas iniciativas a nível nacional e internacional. As duas executivas da Syngenta se mostraram dispostas a ações conjuntas com a Pasta, de forma a desenvolver o manejo correto do solo em todas as unidades agropecuárias de São Paulo.
0 comentário
CNA destaca papel do produtor rural no futuro da agricultura durante o ConBAP 2024
Dólar dispara com notícia de isenção de IR e atinge maior valor da história, aos R$5,9141
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Aprosoja MT participa de audiência sobre Pacto de Conformidade Ambiental da Soja (PCAS)
Produtores rurais ganham direito à isenção de IPI na compra de veículos
Líder mundial no uso de defensivos biológicos, Brasil precisa aprovar projeto de bioinsumos