ABIC 50 anos: Um verdadeiro case de sucesso de marketing e liderança conectando campo, indústria e consumidor final
Depois de uma pausa rápida, o Entrelinhas do Cafezal está de volta. O projeto que tem como principal objetivo contar as histórias além da xícara, retorna a publicação neste domingo, 2 de dezembro, para celebrar um verdadeiro case de sucesso do setor cafeeiro do Brasil. A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) completa em 2023 50 anos de atividades. As comemorações oficiais aconteceram durante o Encafé, em Maceió, e o Notícias Agrícolas pode participar e acompanhar de perto os debates em um dos eventos mais importantes para o setor cafeeiro do Brasil.
"Hoje nós estamos celebrando os 50 anos de uma empresa que acreditou e que contribuiu, abriu o caminho dos cafés do Brasil. Nós temos produção e precisamos trabalhar esse marketing do café brasileiro, inclusive com recursos importantes como Funcafé", disse Pavel Cardoso - durante a cerimônia de homenagens no Encafé.
Mas por que falar da ABIC é tão importante para nós? Porque os dados comprovam que ao longo desses 50 anos a ABIC tem feito um trabalho de excelência quando se fala em qualidade, já que o café brasileiro está presente em pelo menos 98% dos lares de todo país e apesar de ser uma tradição do brasileiro tomar seu cafezinho, durante todo esses anos a Associação trabalhou diariamente para garantir a qualidade na xícara, a sustentabilidade na indústria e principalmente a segurança do consumidor final.
"Hoje, com orgulho e muita satisfação, comemoramos 50 anos de história. Uma história repleta de conquistas, parcerias, inovações e, acima de tudo, de muita paixão pelo café brasileiro", diz a ABIC em nota oficial.
Mas e como tudo começou? Foi em 1973 que alguns empresários resolveram se reunir para criação de uma entidade em prol do fortalecimento do café brasileiro. No início, os trabalhos eram focados na promoção da bebida. Foi a partir de 1989 que a ABIC resolveu então buscar por qualidade através da autorregulamentação do café torrado e moído no Brasil.
Driblando os desafios, foi na década de 90 que chegava ao mercado o Selo de Pureza da ABIC, a partir dali a Associação, mais uma vez, foi pioneira e passou a investir pesado nas campanhas de marketing. Toda trajetória das campanhas foi apresentada durante o Encafé, com diálogo direto com o consumidor final, a régua da qualidade do café subiu até mesmo para os chamados cafés tradicionais.
Falar que a ABIC é de fato um case de sucesso não parece exagero. Sobretudo se o mercado considerar as constantes evoluções que a Associações trouxe em prol do café. Ainda na linha do tempo, em 2004 nascia o Programa Qualidade do Café, e na sequência as categorias de qualidade foram lançadas, assim como outros programas foram lançados.
Conquistas recentes
Portaria 570
Visando trazer mais segurança ao consumidor final e garantir que o brasileiro receba apenas café de qualidade e provenientes de boas práticas agrícolas, o ano de 2023 também foi marcado pela portaria 570 - que estabeleceu um novo padrão de classificação para o café torrado vendido no Brasil.
"A nova regra vem ao encontro dos objetivos do Ministério (da Agricultura). O de garantir a oferta de produto de qualidade e de segurança ao consumo e, ao mesmo tempo, estimular o desenvolvimento sustentável de toda a cadeia produtiva e uma concorrência leal no mercado", disse a ABIC na época em que a nova regra entrou em vigor.
Selos
Os novos selos da ABIC, que unem as certificações de qualidade e pureza, também contribuem para assegurar a conformidade à nova norma. Já que consideram, pois, os aspectos da legislação. Vale destacar que a ABIC não certificará cafés abaixo de 4,5 pontos na escala de qualidade (0 a 10), considerados “Fora do Tipo” pela nova norma. Ou seja, cafés que apresentem qualidade inferior à nota 4,5pontos não poderão apresentar selo da ABIC.
Novidade no mercado: Os selos de café especial
Mais recentemente a ABIC, em parceria com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) deu mais um passo importante. Agora, o consumidor final encontrará no mercado os cafés classificados como especiais.
Para garantir a qualidade na xícara, a BSCA analisará o café cru pelo seu próprio protocolo. Uma vez validado, apresentando nota acima de 80 pontos, a indústria irá produzir o café torrado, que será enviado para avaliação conforme o Protocolo Brasileiro de Avaliação Sensorial de Cafés Torrados da ABIC.
Pelo Protocolo ABIC, será classificado como Especial o café que apresentar alta doçura, baixo amargor e alta qualidade de acidez, além de notas intensas de florais, frutados e baunilha, promovendo uma experiência sensorial complexa para o consumidor. Podendo ser da espécie arábica, da espécie canéfora ou blend das duas espécies.
E além disso, para garantir o selo, também é preciso comprar a sustentabilidade e rastreabilidade do produto, conectando campo e cidade, apresentando a realidade para esse consumidor que é também cada vez mais exigente.
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