Açúcar: Oferta global ajustada confere novas altas em NY nesta 5ª feira
O mercado do açúcar na Bolsa de Nova York registrou uma sessão de estabilidade nesta quinta-feira (2). Os preços, apesar das oscilações tímidas, terminaram o dia subindo entre 0,07% e 0,21%. Assim, o contrato março encerrou o dia com 27,53 cents de dólar por libra-peso, enquanto o julho foi a 25 cents/lp.
O principal pilar de suporte para as cotações continua sendo a oferta enxuta do adoçante. Importantes origens vêm enfrentando problemas, registraram problemas em suas safras e todos os olhos estão agora voltados para o açúcar brasileiro.
Depois da Índia, as preocupações se dão agora com a possibilidade de a Tailândia, terceiro maior produtor e segundo maior exportador mundial de açúcar, possa restringir suas exportações.
"Na última terça-feira, o vice-ministro do Comércio da Tailândia disse que o país iria categorizar o açúcar como uma mercadoria controlada para controlar a inflação e manter a segurança alimentar, o que significa que um painel regulador será necessário para aprovar as exportações de açúcar da Tailândia de uma tonelada ou mais", afirmaram os analistas do portal internacional Barchart.
As projeções dão conta de que a produção tailandesa poderia apresentar uma baixa de 36% em relação ao ano anterior, o que poderia levar o volume ao menor em 17 anos.
"Até agora, neste ano, a precipitação na Tailândia está bem abaixo do mesmo período do ano passado, e os impactos do El Niño poderão reduzir ainda mais a precipitação nos próximos dois anos", complementa o Barchart.
Neste cenário, os futuros do açúcar seguem testando suas máximas, com as posições mais próximas tendo testado seus mais elevados patamares em 12 anos na Bolsa de Nova York na última quarta-feira. E na segunda, a Organização Internacional do Açúcar informou que a produção mundial deverá apresentar uma diminuição de 1,2% para 174,8 milhões de toneladas, além de apontar ainda um déficit de 2,1 milhões de toneladas na safra 2023/24.
Algumas empresas privadas, como a Alvean - a maior trader de açúcar do mundo - aposta em déficit de 5,4 milhões.
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