Líderes da UE prometem rigidez nas fronteiras e mais repatriações após ataque em Bruxelas

Publicado em 18/10/2023 15:29 e atualizado em 18/10/2023 16:41

Logotipo Reuters

Por Marine Strauss e Gabriela Baczynska e Ingrid Melander

BRUXELAS (Reuters) - Os líderes da Bélgica e da Suécia e o órgão executivo da União Europeia prometeram, nesta quarta-feira, reforçar a segurança nas fronteiras e intensificar as repatriações, depois que um solicitante de asilo da Tunísia, que não conseguiu obter asilo, matou a tiros dois torcedores suecos em Bruxelas.

Eles falaram após homenagearem as vítimas do ataque de segunda-feira na capital belga, sede das instituições da UE, e condenarem o que classificaram como um ataque terrorista brutal.

O tiroteio destacou as dificuldades persistentes da UE em gerenciar o asilo e a imigração, incluindo falhas de segurança e na devolução de pessoas que não têm o direito de permanecer no bloco de 27 nações.

O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, disse que a zona Schengen de fronteiras abertas da Europa não sobreviverá a menos que as fronteiras externas da UE sejam mais bem protegidas contra a imigração indesejada.

"Se não formos capazes de proteger nossas fronteiras comuns, não seremos capazes de manter a livre circulação dentro da Europa", afirmou ele.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, disse que a UE também precisa de um sistema mais eficaz de retorno de imigrantes não autorizados.

"Isso é algo que precisamos resolver e só podemos fazer isso de forma coordenada", declarou.

O atirador de 45 anos chegou à ilha italiana de Lampedusa em 2011 e depois morou na Suécia antes de pedir asilo na Bélgica. Ele foi derrotado no processo em 2020 e recebeu ordem de deixar o país.

De acordo com a lei, ele teria 30 dias para sair voluntariamente. Mas a ordem nunca foi cumprida, embora o homem fosse conhecido da polícia.

A Comissão Europeia disse que o novo pacto de imigração do bloco ajudaria a evitar tais situações, permitindo deportações mais rápidas de estrangeiros que são considerados uma ameaça à segurança.

"A Europa é a solução, desde que essas (novas) regras sejam promulgadas", disse o comissário da UE Margaritis Schinas em uma coletiva de imprensa.

A UE há muito tempo culpa as baixas taxas de devolução pelo que diz ser a falta de vontade dos países de origem - incluindo a Tunísia - em aceitar as pessoas de volta. Segundo a UE, os Estados membros emitiram 420.000 decisões de retorno no ano passado, mas apenas 77.000 foram implementadas.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário