Em Pequim, senador dos EUA pede a Xi que apoie Israel após ataques do Hamas

Publicado em 09/10/2023 08:57

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Por Antoni Slodkowski e Liz Lee

PEQUIM (Reuters) - O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, pediu nesta segunda-feira ao presidente chinês, Xi Jinping, que apoie Israel após os ataques mortais do Hamas, acrescentando que estava "decepcionado" com o fato de Pequim não ter demonstrado "solidariedade" ao país no fim de semana.

Os combatentes do grupo islâmico Hamas mataram 700 israelenses e sequestraram dezenas de outros ao atacarem cidades israelenses no sábado, a incursão mais letal em território israelense desde os ataques do Egito e da Síria na guerra do Yom Kippur, há 50 anos. Israel respondeu com ataques a Gaza, matando centenas de palestinos.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores da China pediu em uma declaração no fim de semana que as "partes relevantes" mantivessem a calma e encerrassem as hostilidades para proteger os civis, acrescentando que "a saída fundamental para o conflito está na implementação da solução de dois Estados e no estabelecimento de um Estado independente da Palestina".

Schumer está liderando uma rara delegação bipartidária do Congresso em uma viagem à Ásia, que também inclui paradas na Coreia do Sul e no Japão. Seu objetivo é promover os interesses econômicos e de segurança nacional dos EUA.

"Os eventos que estão ocorrendo em Israel nos últimos dias são nada menos que horríveis. Peço que o senhor e o povo chinês apoiem o povo israelense e condenem os ataques covardes e cruéis", disse Schumer a Xi durante o encontro em Pequim.

"Digo isso com respeito, mas fiquei desapontado com a declaração do ministro das Relações Exteriores que não demonstrou solidariedade ou apoio ao povo israelense durante esses tempos difíceis", acrescentou.

Questionada sobre as falas de Schumer, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, disse nesta segunda-feira que a China estava "altamente preocupada" com a escalada. "Estamos muito tristes com as mortes de civis causadas pelo conflito, e também nos opomos e condenamos tais atos contra civis", acrescentou.

Mao disse que a China estava defendendo um cessar-fogo para evitar mais mortes e pediu aos cidadãos chineses que viajam para a área que prestassem atenção à situação de segurança local e evitassem sair.

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Fonte:
Reuters

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