Mercado brasileiro de arroz mantém tendência altista com dólar firme
O mercado brasileiro de arroz segue evidenciando uma tendência altista, motivada principalmente pela firmeza do dólar, que se aproxima do patamar de R$ 5,20, e pela boa demanda pelo cereal. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, em contraponto à dinâmica favorável de preços, percebe-se uma postura mais reservada por parte dos produtores.
“Muitos rizicultores têm optado por uma estratégia de espera, almejando cenários ainda mais rentáveis para comercialização. A atenção, no momento, tem se voltado majoritariamente às lavouras, especialmente após a melhora climática que permitiu o avanço nos trabalhos de campo”, disse.
Segundo a Emater/RS, a semeadura do arroz encontra-se em estágios iniciais, tendo enfrentado desafios anteriores em função de chuvas constantes. Contudo, com a recente estabilização das condições climáticas, diversas regiões do Rio Grande do Sul têm conseguido avançar no processo de implantação.
Locais como Bagé, Uruguaiana e Barra do Quaraí já iniciaram a semeadura, beneficiados pela diminuição das precipitações. Um ponto positivo a ser destacado é a recuperação dos níveis dos reservatórios, que após as chuvas expressivas de setembro, superaram os 80% de sua capacidade total. Esse patamar é extremamente benéfico, garantindo a segurança na irrigação das plantações ao longo da temporada. Em termos mais específicos, em Maçambará, os trabalhos de plantio já abrangem cerca de 10% da área total projetada, enquanto São Borja alcança cerca de 5%.
A média da saca de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 103,16, apresentando um avanço de 1,44% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, houve uma alta de 3,93% e um aumento de 33,91% quando comparado ao mesmo período de 2022.
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