Produção X Mercado: Sem refletir as inseguranças do Brasil, café tem semana de pressão em NY
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações da semana com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Em uma semana dividida entre a realidade do produtor e operadores em Nova York, o contrato referência encerrou abaixo de 150 cents/lbp.
Dezembro/23 teve queda de 105 pontos, valendo 146,15 cents/lbp, março/24 teve baixa de 115 pontos, negociado por 147,20 cents/lbp, maio/24 registrou queda de 120 pontos, valendo 147,95 cents/lbp e julho/24 teve queda de 115 pontos, cotado por 148,90 cents/lbp.
De acordo com análise do site internacional Barchart, a previsão de chuva em áreas de café justificam a pressão nos preços nessa semana, além do câmbio que por algumas sessões favoreceu o cenário de baixa. "As previsões de chuva para esta semana e para a próxima nas áreas produtoras de café no Brasil estão pesando sobre os preços do café arábica", destacou a publicação.
No Brasil, no entanto, a preocupação é com os impacto das adversidades climáticas que continuam atingindo as áreas de café. A onda de calor, que trouxe temperaturas acima de 35ºC nas principais áreas, pode prejudicar o pegamento da florada - que inclusive abriu antes neste ano. Existe um consenso no setor que a próxima safra será incerta, mas as lideranças afirmam que a "supersafra" que o mercado espera não deve vir no próximo ciclo.
Preocupado com os impactos do clima, o produtor continua participando pouco das negociações e o ritmo de negociação ainda é lento quando comparado com os últimos anos. Com a aproximação do inverno Hemisfério Norte existe a expectativa de que a demanda fique mais aquecida nas próximas semanas.
Já na Bolsa de Londres, o tipo conilon encerrou com estabilidade, após avanços no pregão anterior. Novembro/23 teve queda de US$ 7 por tonelada, negociado por US$ 2462, janeiro/24 teve queda de US$ 3 por tonelada, valendo US$ 2369, março/24 manteve a estabilidade por US$ 2312 e maio/24 manteve a negociação por US$ 22821.
No caso do conilon, o mercado monitora o início da safra do Vietnã. A produção da Ásia não deve avançar nesse ano, os diferenciais estão elevados, o que mantém o café brasileiro como o mais competitivo do mercado. A participação do Brasil continua sendo expressiva e as exportações devem continuar aquecidas nos próximos meses.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,86% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 790,00, Machado/MG teve baixa de 1,21%, valendo R$ 815,00, Poços de Caldas/MG manteve a estabilidade por R$ 800,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 825,00, Varginha/MG por R$ 830,00 e Franca/SP manteve por R$ 820,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,74% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 845,00. Poços de Caldas/MG manteve a negociação por R$ 840,00, Patrocínio/MG manteve por R$ 855,00, Varginha/MG manteve por R$ 870,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 1,13%, valendo R$ 874,00.
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