Para aumentar o consumo e a valorização, União Europeia está investindo na divulgação da produção de arroz europeu
Para aumentar o consumo e a valorização do arroz europeu, a União Europeia está investindo na divulgação da produção sustentável de arroz de Portugal, França e Itália. Para isso, foi organizada uma viagem com aproximadamente 30 pessoas, sendo a maioria jornalistas.
A produção agrícola portuguesa envolve dois mil agricultores com uma área de 28 mil hectares. A jornalista que está presente na viagem, Lena Miessva, informou que esses dados da produção agrícola podem parecer pouco para o tanto que é produzido pelo Brasil, mas Portugal é um país que tem o maior consumo per capita de arroz branco na Europa, em torno de 18 kg ao ano.
A produção de arroz na Europa corresponde a 0,4% da produção mundial. Em Portugal, são 10 fábricas transformadoras de arroz que empregam aproximadamente 500 funcionários, já a quantidade vendida pela a indústria está em torno de 200 mil toneladas de arroz branqueado.
Os campos de arroz visitados pertencem à companhia das lezírias, que é a maior empresa agropecuária e florestal em Portugal. A empresa também conta com uma área da lezíria sul que conta com uma área de 5 mil hectares, dos quais arrenda 2,6 mil hectares. A jornalista ainda destaca que o arroz é cultivado no vale do tejo.
No País, o setor está enfrentando problemas com na produção diante do período de estiagem. No entanto, a quebra na safra é bem menor se comparada com os países vizinhos, como a Espanha e Itália em que os prejuízos foram ainda mais severos.
De acordo com o Presidente da Casa do Arroz e Diretor Geral da ANIA (Associação Nacional Indústrias de Arroz), Pedro Monteiro, os impactos da pandemia e econômicos seguem comprometendo o mercado. "A covid foi brutal para o setor que acabou gerando inflação sobre os alimentos. Além disso, a guerra entre a Ucrânia e a Rússia tem provocado impactos econômicos na Europa e aumento dos preços das principais matérias-primas”, informou.
Após a guerra, os valores negociados para o arroz europeu tiveram um aumento expressivo. Com essa campanha da União Europeia, os representantes do setor esperam que a demanda pelo grão volte a crescer.
Com relação ao consumo do grão em Portugal, a liderança comenta que é necessário importar de outros países para conseguir atender a demanda local. “Atualmente, nós exportamos o arroz carolino, que também é conhecido como arbóreo. Porém, precisamos importar o arroz agulha”, explicou.
Em Portugal, o agricultor recebeu 650 euros por tonelada na safra 2022/23, mas nesta a associação ainda não foi fechado o levantamento.
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