Europeus exigem preservação ambiental, mas não preservam nem compensam produtor brasileiro por boas práticas

Publicado em 25/09/2023 18:44 e atualizado em 04/10/2023 14:56
Conexão Campo Cidade -
José Marcos Rafael Magalhães, presidente da Minasul, participou do debate e falou sobre mercado de café, Marco Temporal e as novas leis ambientais do Parlamento Europeu
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Europeus exigem preservação ambiental, mas não preservam nem compensam produtor brasileiro por boas práticas

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O Conexão Campo Cidade desta semana contou com a participação especial de José Marcos Rafael Magalhães, presidente da cooperativa Minasul. Entre os assuntos debatidos, esteve em destaque estiveram as exigências feitas pela União Europeia a países produtores de alimento em relação à preservação ambiental.

É consenso entre os participantes que se deve cuidar do meio ambiente, entretanto José Marcos contesta que o Parlamente Europeu tem algumas colocações para ele absurdas. Entre os argumentos apresentados, ele ressalta que 66% das florestas originais brasileiras estão preservadas, enquanto que na Europa esse total é de 2%.

Ou seja, o continente faz exigências que por lá não consegue cumprir. Além disso, como o presidente da Minasul destaca, os países europeus também não estão dispostos a pagar valores justos para compensar o trabalho de preservação feito pelo produtor brasileiro. “Não dá para a gente ajoelhar e aceitar uma exigência dessa. Eles têm o maior medo do potencial agrícola do Brasil”, declarou.

 

Marco Temporal rejeitado no STF

Outro assunto de destaque no Conexão Campo Cidade desta semana foi a rejeição da tese do Marco Temporal no STF. Para José Marcos, às vezes tem uma bolha de pessoas que tem a melhor das intenções, mas na prática não sabe das reais consequências. Ele destaca que no Brasil, há 20 milhões de hectares de terra sendo reivindicada pelos indígenas, o que afeta 17.252 propriedades produtivas.

Como também enfatizou Leticia Jacintho, isso traz uma enorme insegurança para os produtores rurais brasileiros, e mais do que isso, para toda a questão da propriedade privada no Brasil.

Antônio da Luz, por sua vez, chamou atenção para alguns números. Segundo ele, há 900 mil indígenas no Brasil, que ocupam 14% do território nacional, enquanto que o país conta com 5,5 milhões de produtores rurais e a área plantada corresponde a 8% do território. “Tem 92% do território para reivindicar, mas são os 8% que geram problemas”.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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