Povo brasileiro e agronegócio perdem com investimentos ruins em educação feitos no país
Povo brasileiro e agronegócio perdem com investimentos ruins em educação feitos no país
Marcelo Prado iniciou a edição desta semana destacando o recorde do agronegócio brasileiro de 28,3 milhões de pessoas trabalhando em sua cadeia produtiva, o que representa 26,9% de todos os trabalhadores brasileiros, para ele, esse número “alinha a geração de empregos à liderança do agronegócio”.
Ainda segundo Marcelo, o agronegócio vem batendo recordes atrás de recordes e isso o enche de orgulho. Ele espera que isso chegue cada vez mais no público urbano, para que esse meio entenda a relevância do agronegócio brasileiro. Todavia, os outros setores da economia brasileira não veem os mesmos resultados animadores.
O agro vai na contramão do que temos visto no Brasil
O índice de trabalhadores com carteira assinada cresceu 5,9% e de pessoas no agro com Ensino Superior 6,3%. Como destacou Leticia Jacintho, esse número é oposto ao que se vê no Brasil, onde, em relatório da OCDE, aparece entre os cinco países com menor número de matriculados no ensino profissional e 24% de jovens que nem estudam nem trabalham, enquanto que a média dos outros 45 países analisados é de 14,7%. Além disso, o Brasil investe US$ 3.583 por aluno ao ano, em comparação com uma média de US$ 10.949 nas outras nações do estudo.
Para Leticia, é necessário aumentar o investimento por aluno, mas mais do que isso, direcionar esse investimento a políticas com evidências mais sólidas de melhor aprendizagem, desde a alfabetização. O cenário é bastante desafiador e o mundo tem mudado a maneira de educar. É preciso trazer para o aluno mais “mão na massa”.
Durante a discussão, nosso time levantou diversos pontos sobre a educação, principalmente sobre a necessidade de investimentos corretos, mudanças estruturais na forma que se educa no Brasil e como os governos deixam de focar nesse ponto, pois é algo que trará resultados tardios, mesmo que eficientes. Assista ao vídeo para acompanhar todo o debate.
Falta de planejamento estratégico para o agronegócio brasileiro
Enquanto alguns produtores devem reduzir sua área plantada nesta safra, tanto por dificuldades financeiras quanto visando um aumento de preços, como afirmou Marcelo Prado, outros agricultores vão ampliar sua área para a safra 23/24. Essa discordância demonstra uma falta de planejamento estratégico para o agronegócio brasileiro, que poderia ter um desempenho ainda melhor se trabalhasse de maneira orquestrada.
Sobre isso, José Luiz Tejon se recorda de quando trabalhava na Agroceres e via um aumento de produção de milho em um ano, o que resultava em uma queda de preços e uma redução de área plantada no ano seguinte. No outro ano, com essa redução, os preços subiam novamente e, no ano seguinte, crescia mais uma vez a área plantada. O clico então se repetia.
Para ele, isso demonstrava a falta de planejamento no Brasil, o que não deveria acontecer em um mundo onde a demanda por alimentos cresce mais que a produção. Parafraseando Ray Goldberg, o criador do conceito de agronegócio, Tejon afirmou: “se o sistema não se coordenar, um ano ganha um, outro ano perde o outro”.
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