Setor de máquinas e implementos agrícolas que representa 95% do faturamento da Expointer tem o desafio de bater recorde do ano passado
Tradicional espaço que atrai milhares de visitantes na Expointer, o setor de máquinas e implementos agrícolas está com a área ampliada para a 46ª edição do evento, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O acréscimo de 0,18 hectares (eram 13,5 hectares no ano passado) permitiu a participação de mais 31 empresas, totalizando 170 expositores. O segmento lidera o faturamento da feira, com mais de 95% do volume de negócios.
Sobre as expectativas de vendas, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, diz que será um desafio repetir o recorde de R$ 6,6 bilhões atingido em 2022. “É uma tarefa difícil, trabalhamos para superar esses números, mas se mantivermos estará muito bom”.
Para o setor de máquinas e implementos agrícolas, a Expointer representa um grande shopping a céu aberto, onde, em meio ao grande volume de opções, as indústrias oferecem as novas tecnologias agrícolas que levam mais inovação e mais sustentabilidade ao agronegócio - tema do Simers para este ano no evento. “A produtividade está cada vez mais relacionada com a conectividade. O que vemos no campo é que tanto o pequeno quanto o grande produtor rural querem se atualizar, e aproveitam a Expointer para conhecer os equipamentos de última geração e para a agricultura de precisão. É bom para comparar tecnologias, valores e condições de compra”, reforça Bier.
Tratores e colheitadeiras estão entre as mais procuradas
Embora o perfil dos produtores que visitam a Expointer seja bastante diversificado, com demandas por todo o tipo de maquinário agrícola, as máquinas mais procuradas são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.
A data em que se realiza a Expointer é estratégica para o setor de máquinas e implementos agrícolas, considerando a aproximação da safra de verão e, ainda, por ser o primeiro grande evento após o lançamento do Plano Safra 2023/24 do Governo Federal, no final de junho, com recursos que somam R$ 364,22 bilhões. Para incentivar o financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) oferece taxa de juros de 10,5%, sem limite de financiamento, enquanto para os demais produtores é de 12,5%.
Bier espera que esses fatores possam ajudar a alavancar negócios. “O atual cenário poderia estar melhor. O lado positivo são os recursos que podem ser acessados via Modefrota, mas os juros ainda estão muito altos mesmo com a recente baixa da taxa Celic. Esperamos que as coisas melhorem nos próximos meses e voltem ao mesmo patamar de 2022”.
Um dos copromotores da Expointer, o Simers realizou uma série de investimentos na infraestrutura e manutenção do Parque Assis Brasil. Entre eles, a reforma do pavilhão de bovinos de corte e ovinos, com melhorias na estrutura metálica, calhas, instalações hidráulicas, além de uma pintura geral. “É uma parceria com o Governo do Estado RS que se reafirma a cada ano para garantir o bem estar de trabalhadores, expositores e visitantes de uma das maiores mostras do agronegócio do país”, completa Claudio Bier.
O Rio Grande do Sul concentra cerca de 65% das indústrias de máquinas agrícolas e implementos usados pelo homem do campo no Brasil. Esse segmento econômico gera, no estado, cerca de 35 mil empregos diretos e outros 150 mil indiretos.
A participação do Simers na Expointer 2023 conta com o apoio do Banrisul, Santander, Sebrae, Cresol, BRDE, Caixa Econômica Federal e CMPC Celulose
1 comentário
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Elvio Zanini Sinop - MT
Provàvelmente; os Agricultores devem estar de Olho no Custo de Produção e Efatuar Comparação com ; Os Juros de 12.5% não são muito atrativos para Novos e altos investimentos, mesmo que Prêços de Soja e Milho não estão dando lucro no Momento.
vou te contar uma cotação de peças que fiz a algumas semanas atrás,
Vou te contar uma cotação de peças que fiz a algumas semanas atrás, uma haste de aço com rosca que pesa aproximadamente meio quilo porém com a marca CNH por um preço de R$ 1.500,00 Fiquei surpreso com o preço porém não fiquei horrorizado pois hoje em dia é uma realidade desse nosso mercado. Resultado dessa cotação, irei mandar fazer esta peça no torno, simples assim. Agora voltando ao assunto, a bolha das maquinas e implementos agrícolas, uma hora vai ter que estourar, mesmo com a retomada da indústria pós covid não se vê os preços abaixando. A desculpa lá atrás era de fabricas com problemas de pessoal e falta de matéria prima. Hoje a mão de obra da indústria está normal e a de fornecimento de matéria prima idem. Uma observação entre lavoura e pecuária, uma plantadeira que em sua maior parte é feito de ferro e aço ainda não houve uma grande defasagem de preço, já na pecuária onde um arame liso (100% aço) está próximo da metade do preço da época da covid. O setor de maquinas pode até ter um faturamento menor este ano, mas com certeza perder é uma coisa fora de questão, o setor de reposição de peças está com uma margem altíssima. Não acredito que os juros altos seja o principal problema de vendas, na minha opinião é o valor justo e a falta de concorrência já que hoje parece que temos uma economia de compadres onde os preços estão todos parecidos..
Eu acredito que o lucro deixado ao produtor de grãos nos anos mais recentes é o motivo dessa bolha--- Tratores usados dobraram de preço, arrendamentos e preço da terra também subiram MUITO -- Com o soja 120 e milho 70 daqui a dois anos acho que vamos voltar a situação lógica anterior--- A bolha não foi criada pelo produtor, mas por sua vizinhança