Trigo sobe mais de 2% e soja volta a operar com altas fortes na Bolsa de Chicago nesta 4ª feira
O mercado da soja inverteu o sinal e voltou a subir na Bolsa de Chicago na tarde desta quarta-feira (23). Os ganhos entre os contratos mais negociados eram de 13,75 a 14,50 pontos, com o novembro de volta aos US$ 13,59 e o maio - referência para a safra brasileira - sendo cotado a US$ 13,77. A alta era generalizada, com o trigo liderando o avanço e subindo mais de 2%. No complexo soja, mais de 1,5% de altas tanto no farelo, quanto no óleo.
Segundo explica o time da Agrinvest Commodities, o trigo sobe diante dos novos ataques russos a portos ucranianos no rio Danúbio que, mais uma vez, atingiram armazéns e fizeram milhares de toneladas de grãos se perderem.
O ataque foi no porto de Izmail e é rota importante para que os produtos ucranianos cheguem ao porto romeno de Constanta para que, de lá, sejam exportados.
"Segunodo vice-primeiro ministro da Ucrânia, Oleksandr Kubrakov, os bombardeios reduziram em 15% a capacidade de exportações do porto e 13 mil toneladas de grãos foram destruídas. Os grãos tinham o Egito como destino", explica a Agrinvest. "Inicialmente, o mercado não deu muita ênfase ao novo ataque durante a sessão da madrugada, focando nos dados otimistas de produtividade do milho e soja durante o Pro Farmer Crop Tour. Porém, na abertura da sessão da manhã, o milho subia forte, puxando os contratos futuros da soja e trigo para campos positivos", explica a equipe da consultoria.
Na noite desta terça-feira (22), foram reportados dados dos estados do Nebraska e de Indiana, os quais ficaram acima dos registrados na safra anterior, porém, considerados mais 'realistas' do que os do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o que garante bastante volatilidade aos mercados. No dia anterior, foram números trazidos para os estados de Ohio e Dakota do Sul.
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Além das questões ligadas aos mercados vizinhos, o mercado também segue monitorando as condições de clima para a conclusão da safra dos Estados Unidos. Os mapas do NOAA para os próximos cinco e sete dias sinalizam chuvas melhores do que os mapas do início da semana, o que acaba limitando o avanço das cotações.
A imagem abaixo traz as previsões de precipitações para o período de 23 a 30 de agosto e sinaliza volumes melhores para regiões importantes de produção no Corn Belt.
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