Sentidos opostos no café: NY recua com pressão do Brasil, enquanto Londres tem valorização nesta 5ª feira
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quinta-feira (27) com novas baixas para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/23 teve queda de 170 pontos, valendo 161,45 cents/lbp, dezembro/23 registrou baixas de 150 pontos, cotado por 161,70 cents/lbp, março/24 teve desvalorização de 135 pontos, valendo 162,95 cents/lbp e maio/24 teve queda de 135 pontos, negociado por 163,95 cents/lbp.
O mercado voltou a ser pressionado pelo avanço da safra brasileira. Ontem a Cooxupé informou que os trabalhos estavam em 58,8%, mais rápida que no ano passado. Apesar do ritmo acelerado, a cooperativa reconheceu nesta quinta-feira que a produtividade nas áreas de arábica caiu de forma brusca nos últimos três anos, além de reconhecer a preocupação com certo espaço que pode ter sido perdido por matérias-primas mais em conta neste período de frustração na produção com impasses climáticos.
"A produtividade no âmbito geral, nos últimos três anos, nós sentimos uma queda muito brusca. É necessário que tenhamos mais cuidado na gestão das propriedades, buscando inovação e tecnologia, que é o que está no nosso poder", afirmou Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé.
Na Bolsa de Londres, o tipo conilon foi no sentido oposto e encerrou com valorização. Setembro/23 teve alta de US$ 34 por tonelada, valendo US$ 2673, novembro/23 teve alta de US$ 19 por tonelada, cotado por US$ 2499, janeiro/24 teve valorização de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 2418 e março/24 teve alta de US$ 2 por tonelada, cotado por US$ 2385.
No caso do conilon, as cotações continuam tendo suporte na preocupação com a oferta da Ásia. Até novembro, as cotações devem ser sustentadas por essa preocupação. "Os estoques de café robusta monitorados pela ICE na última quinta-feira caíram para uma baixa recorde de 5.273 lotes (dados históricos desde 2016)", voltou a destacar a análise do site internacional Barchart.
No Brasil, o físico acompanhou e encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,20% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 820,00, Varginha/MG teve baixa de 2,35%, valendo R$ 830,00 e Franca/SP teve queda de 1,15%, negociado por R$ 860,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,10% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 895,00, Varginha/MG teve desvalorização de 3,30%, valendo R$ 880,00 e Campos Gerais/MG registrou queda de 0,76%, cotado por R$ 919,00.
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