Suinocultura independente: falta de acordo entre suinocultores e frigoríficos ou queda de preço marcaram esta quinta-feira (27)
Esta quinta-feira (27) foi de falta de consonância entre suinocultores e frigoríficos durante a realização das Bolsas de Suínos, ou queda de preços, algo visto nas praças que realizam a comercialização dos animais às quintas-feiras. A aposta é para que na próxima semana haja algum reajuste para cima, uma vez que, além de ser período de recebimento da massa salarial, há a comemoração do Dia dos Pais à vista.
Em São Paulo, não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos, e a Bolsa de Suínos realizada nesta quinta-feira ficou em aberto, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). A referência na semana anterior era de R$ 6,83/kg vivo
O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, explica que infelizmente, após uma intensa negociação, não houve acordo entre as partes (criadores e frigoríficos). "O mercado desta forma, em termos de bolsa, sai com preço em aberto. Os próximos dias serão decisivos para a formalização dos preços a serem praticados na semana que vem, na quinta-feira (3). Houve um consenso, pelo menos, que os dois lados acreditam que a partir da próxima bolsa do dia 3 devemos ter uma reação dos preços justificado por vários fatores".
No mercado mineiro também não foi feito acordo entre suinocultores e frigoríficos, ficando o preço da semana passada sugerido pela Bolsa, R$ 6,50/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"Concorrência muito forte entre as três principais carnes e entre os estados do Brasil. Não houve acordo entre produtores e frigoríficos considerando as divergências de pontos de vista e essencialmente aposta pelo mercado que entra agora no início do mês de agosto", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve baixa, saindo de R$ 6,15/kg vivo para R$ 5,88/kg vivo nesta semana.
"A nossa sina não está fácil. Caiu R$ 0,27 centavos. Isso é preocupante principalmente olhando para a semana que vem, que é início de mês. Esperamos que a Bolsa da semana que vem traga recuperação de preços tendo em vista o Dia dos Pais, com comercialização maior. O problema é que sobe um pouco, cai na mesma medida, e ficamos sempre nessa mesmice de R$ 5,50, o que não paga a conta", destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.
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