Petróleo sobe 2% para perto de pico de 3 meses por oferta restrita e expectativas com China
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 2% para uma máxima em quase três meses nesta segunda-feira devido ao aperto na oferta, aumento da demanda por gasolina nos Estados Unidos, às esperanças de medidas de estímulo na China e a compras técnicas.
Os futuros do petróleo Brent subiram 1,67 dólar, ou 2,1%, a 82,74 dólares o barril, enquanto o petróleo bruto dos EUA, o West Texas Intermediate (WTI), subiu 1,67 dólar, ou 2,1%, a 78,74 dólares.
Esses foram os fechamentos mais altos para o Brent desde 19 de abril e para o WTI desde 24 de abril, pois ambos os contratos foram empurrados para território tecnicamente sobrecomprado acima de suas médias móveis de 200 dias.
Bob Yawger, diretor de futuros de energia do Mizuho Bank, disse que uma movimentação acima da média móvel de 200 dias "geralmente faz com que os vendedores a descoberto (especulativos) encerrem suas posições e atraia negociadores que buscam novos pontos de entrada".
A alta do petróleo refletiu "condições de aperto, já que os cortes na produção de petróleo da Arábia Saudita impactam o mercado... mesmo com a demanda de verão tendo sido um pouco mais forte para gasolina e combustível de aviação", disse o Citi Research em nota.
Na zona do euro, a atividade comercial encolheu muito mais do que o esperado em julho, com a demanda no setor de serviços dominante do bloco caindo, enquanto a produção industrial caiu no ritmo mais rápido desde o início da Covid-19, segundo uma pesquisa.
Nos EUA, a atividade comercial desacelerou para uma mínima em cinco meses em julho, arrastada pela desaceleração do crescimento do setor de serviços, mostraram dados de pesquisa amplamente observados, mas a queda dos preços de insumos e uma contratação mais lenta indicam que o Federal Reserve pode estar progredindo em pontos importantes em sua tentativa de reduzir a inflação.
Na China, a segunda maior economia do mundo e o segundo maior consumidor de petróleo, os líderes se comprometeram a intensificar o apoio político à economia em meio a uma tortuosa recuperação pós-Covid, com foco no aumento da demanda doméstica, sinalizando mais medidas de estímulo.
(Reportagem de Scott Disavino em Nova York; reportagem adicional de Noah Browning em Londres e Florence Tan e Emily Chow em Cingapura)
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