Em terceiro dia de ataques aos portos da Ucrânia, mercado do trigo opera sem direção em Chicago
O mercado do trigo enfrenta mais um dia difícil nesta quinta-feira (20) já que este é o terceiro dia de ataques russos aos portos ucranianos. Os preços já testaram os dois lados da tabela na Bolsa de Chicago, já chegaram a subir mais de 1% e perto de 10h40 (horário de Brasília), os ganhos já eram mais tímidos, de perto de 0,2%. Assim, na CBOT, as posições mais negociadas subiam de 6,50 a 9,75 pontos, com o setembro sendo cotado a US$ 7,37 e o março/24 a US$ 7,68 por bushel.
A situação se agravou depois da saída da Rússia do acordo do Mar Negro, não só atacando os portos e inviabilizando as estruturas de exportação da Ucrânia, como ameaçou todos e quaisquer navios que deixem os portos que possam se direcionar à Rússia ou que estejam em direção à Ucrânia, considerando-os inimigos e alvos militares. Nos ataques da madrugada da quarta-feira (19), silos e 60 mil toneladas de grãos foram destruídos em Odessa, o maior porto da Ucrânia.
Assim, as especulações são crescentes neste momento, como têm explicado analistas e consultores, deixando os mercados de grãos extremamente voláteis. O gráfico abaixo mostra a movimentação dos futuros do trigo somente neste 20 de julho, já tendo testado ganhos de mais de 2%, depois de terem trabalhado do lado negativo da tabela.
O analista da Safras & Mercado Élcio Bento tem reforçado a necessidade do monitoramento que o mercado deverá buscar entre a escalada da guerra, seus próximos desdobramentos e o atual quadro de oferta e demanda que, ao menos até este momento, é consideravelmente melhor do que no mesmo período do ano passado.
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