Primárias presidenciais de 2023 na Argentina são difíceis de prever, dizem pesquisadores

Publicado em 12/07/2023 10:59 e atualizado em 12/07/2023 11:56

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Por Nicolás Misculin

BUENOS AIRES (Reuters) - As empresas de pesquisas de opinião na Argentina alertaram que podem ter dificuldade em prever com precisão os resultados das próximas primárias presidenciais devido ao baixo comparecimento e ao surgimento de candidatos surpresa, deixando a eleição de outubro também incerta.

Em 2019, as pesquisas não conseguiram prever a ampla margem com que o presidente Alberto Fernández lideraria as primárias.

As primárias, marcadas para 13 de agosto, determinarão quem cada aliança política apresentará para as eleições de outubro. Elas geralmente servem como um indicador preciso para o voto na disputa geral.

De acordo com as pesquisas, a aliança de oposição de centro-direita Juntos pela Mudança é vista como a mais votada nas primárias, dada a popularidade combinada de seus dois candidatos, Patricia Bullrich e Horacio Rodríguez Larreta.

A governista União pela Pátria (UP) está atualmente em segundo lugar com seu principal candidato, o atual ministro da Economia, Sergio Massa.

A crise econômica, no entanto, que viu a inflação anual atingir mais de 100%, pode favorecer Javier Milei, do Partido Libertário, que deve receber o "voto emocional", embora as pesquisas não prevejam que ele ganhe a Presidência.

A diretora do Trespuntozero, Shila Vilker, disse que uma parte da votação permanece "fluida e volátil", o que pode prejudicar a previsibilidade devido ao baixo comparecimento dos eleitores. As eleições regionais realizadas neste ano mostraram uma participação menor do que nas votações anteriores.

A diretora do Analogias, Marina Acosta, estimou a participação em apenas 33% entre os apoiadores da oposição e 32% para os simpatizantes do partido governista, enquanto o diretor do Observatorio Electoral, Julio Burdman, prevê uma participação de 40% para a oposição e 28% para os peronistas.

Burdman acrescentou que a precisão das pesquisas pode sofrer com a incerteza do voto de Milei.

“A sociedade é muito mais heterogênea e com identidades políticas mais fracas, o que dificulta o uso de pesquisas para prever votos”, acrescentou o diretor da Opina Argentina, Facundo Nejamkis.

Em 2019, Fernández disparou com 48% nas primárias, contra 32% do então presidente Mauricio Macri, enquanto as pesquisas previam que ele venceria com uma margem de apenas 2 a 8 pontos percentuais.

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Fonte:
Reuters

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