Demanda por alimentos no mundo cresce mais do que oferta e o agronegócio brasileiro tem o potencial de ser a solução

Publicado em 10/07/2023 18:44 e atualizado em 11/07/2023 16:57
Conexão Campo Cidade -
Em um cenário onde a oferta de alimentos cresce 1% ao ano e a demanda aumenta 1,3%, o agronegócio brasileiro surge com a oportunidade e a responsabilidade de ampliar sua produção para abastecer o planeta
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Demanda por alimentos no mundo cresce mais do que oferta e o agronegócio brasileiro tem o potencial de ser a solução

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Um recente estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou que a oferta global de alimentos está crescendo a uma taxa de 1% ao ano, enquanto o consumo está crescendo a uma taxa de 1,3%, como destacou Marcelo Prado, no Conexão Campo Cidade desta semana. No programa, ele afirmou que o Brasil tem a capacidade de aumentar tanto sua oferta quanto sua demanda de alimentos.

Jacyr Costa, presidente do Conselho Superior do Agronegócio, foi o convidado desta semana no Conexão Campo Cidade e descreveu a situação como "preocupante e estimulante". Ele destacou que o Brasil é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como um dos principais responsáveis por manter os preços dos alimentos estáveis em todo o mundo. "O Brasil tem um papel fundamental para todo o mundo", disse Costa.

O estudo da OCDE também destacou a importância da iniciativa privada no setor agrícola. José Luiz Tejon enfatizou que a área de vendas é fascinante e desafiadora, e que o Brasil precisa parar de brigar internamente para poder vender para outros clientes. Ele vê o agronegócio e a agricultura regenerativa como grandes oportunidades para o Brasil nos próximos 15 anos.

Antônio da Luz, por sua vez, destacou que a indústria é o agronegócio e que as principais indústrias brasileiras são movidas a grãos. Ele também mencionou um estudo da FAO, afirmando que é bom ouvir o que os outros têm a dizer para nos convencer.

O estudo também revelou que atualmente, três em cada cinco pessoas vivem em países que são importadores líquidos de alimentos. Com o crescimento da Índia, esse número deve aumentar para quatro em cada cinco. “Olha que oportunidade teremos. Já somos. Olha que oportunidade e que responsabilidade”, disse Antônio.

Ele concluiu destacando que o agronegócio mantém os preços dos alimentos baixos devido à poderosa oferta de alimentos. “Antes, o salário mínimo comprava meia cesta básica, hoje compra duas cestas básicas”, disse ele, ressaltando a importância do agronegócio para a segurança alimentar.

 

Desafios e oportunidades no agronegócio brasileiro, para o COSAG

Jacyr Costa, presidente do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG), destacou os desafios que o agronegócio brasileiro enfrenta. Um dos principais desafios é a comunicação eficaz e a inserção da agenda do agronegócio no cenário internacional. Costa enfatizou a importância do mercado de carbono e a necessidade de reconhecimento global da agricultura regenerativa de alto padrão praticada no Brasil.

Outro desafio mencionado por Costa é o armazenamento de grãos. Atualmente, a falta de infraestrutura adequada leva ao armazenamento de grãos em condições inadequadas, o que destaca a necessidade de uma política macro de armazenagem.

“Hoje estamos armazenando grãos em bolsas, ou expostos ao sol e ao tempo, porque não temos armazenamento suficiente”, afirmou. Para ele, essa questão tem que estar inserida em uma política macro de planejamento para ampliar a estrutura de armazenagem no Brasil.


Futuro da mobilidade no Brasil: carro elétrico ou a etanol?

Jacyr Costa, membro do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG), discutiu recentemente o estado atual do mercado de carros elétricos no Brasil. Segundo ele, o etanol é a melhor opção para a descarbonização no país, uma vez que os carros brasileiros atuais poluem menos do que os elétricos na Europa. Ele também destacou o potencial do híbrido flex, que combina os benefícios do etanol e do elétrico.

Costa mencionou as dificuldades logísticas de abastecimento de carros elétricos em um país continental como o Brasil. Ele também observou que as montadoras europeias estão perdendo competitividade para a China devido ao alto custo dos carros elétricos.

Marcelo Prado questionou por que as montadoras alemãs não oferecem opções de carros a etanol para o Brasil, uma vez que o etanol é mais amigável ao meio ambiente. Ele sugeriu que o governo deveria exigir carros flex e parar de subsidiar a importação de carros elétricos, que não geram empregos no Brasil.

Antônio Da Luz destacou a necessidade de considerar o impacto ambiental da mineração de lítio e do descarte de baterias de carros elétricos. Ele ressaltou que a cana-de-açúcar, usada na produção de etanol, captura mais carbono do que emite, tornando-a uma opção mais sustentável.

Os especialistas concordaram que a comunicação eficaz sobre os benefícios do etanol é uma prioridade para o setor.

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Por:
Igor Batista
Fonte:
Notícias Agrícolas

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