Yellen critica ações "punitivas" da China contra empresas dos EUA e pede reformas de mercado

Publicado em 07/07/2023 09:02

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Por Andrea Shalal e Joe Cash

PEQUIM (Reuters) - A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, pediu nesta sexta-feira reformas de mercado na China e criticou a segunda maior economia do mundo por suas recentes ações duras contra empresas norte-americanas e novos controles de exportação de alguns minerais críticos.

Yellen chegou a Pequim na quinta-feira para tentar reparar as relações turbulentas entre Estados Unidos e China, mas deixou claro em seus comentários públicos que Washington e seus aliados ocidentais continuarão a revidar o que ela chamou de "práticas econômicas injustas" da China.

Yellen falou à Câmara Norte-Americana de Comércio na China (AmCham) depois do que uma autoridade do Tesouro chamou de conversas "significativas" com o ex-czar da economia chinesa Liu He, um confidente próximo do presidente Xi Jinping, e com o presidente do banco central chinês, Yi Gang.

Os Estados Unidos estão buscando uma competição saudável com a China com base em regras justas que beneficiem ambos os países, não uma abordagem de "o vencedor leva tudo", disse Yellen ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em uma reunião subsequente nesta sexta-feira.

Ela disse esperar que sua visita estimule uma comunicação mais regular entre os dois rivais e disse que quaisquer ações direcionadas por Washington para proteger sua segurança nacional não devem comprometer "desnecessariamente" o relacionamento mais amplo.

"Buscamos uma competição econômica saudável que não seja que o vencedor leva tudo, mas que, com um conjunto justo de regras, possa beneficiar ambos os países ao longo do tempo", disse ela.

As autoridades dos EUA minimizaram as perspectivas de grandes avanços, destacando a importância de comunicações mais regulares entre as duas maiores economias do mundo.

A China espera que os EUA tomem "ações concretas" para criar um ambiente favorável para o desenvolvimento saudável dos laços econômicos e comerciais, disse seu Ministério das Finanças em comunicado nesta sexta-feira.

Li disse a Yellen que um arco-íris que surgiu no momento em que seu avião pousou na quinta-feira oferece esperanças para o futuros dos laços entre EUA e China.

"Acho que há mais coisas nas relações China-EUA do que apenas ventania e chuva. Com certeza veremos mais arco-íris", disse ele.

As empresas norte-americanas na China esperam que a visita de Yellen assegure que as rotas comerciais entre as duas economias permaneçam abertas, independentemente da temperatura das tensões geopolíticas.

Yellen disse aos executivos que uma "relação estável e construtiva" entre os dois países beneficiaria as empresas e os trabalhadores norte-americanos, mas Washington também precisa proteger seus interesses de segurança nacional e direitos humanos.

Ao mesmo tempo, ela disse que levantaria preocupações com as autoridades chinesas sobre o uso de subsídios ampliados por Pequim para empresas estatais e empresas domésticas, barreiras ao acesso ao mercado para empresas estrangeiras e suas recentes "ações punitivas" contra empresas norte-americanas.

Yellen também mirou na economia planejada da China, pedindo a Pequim que retorne a práticas mais voltadas para o mercado que sustentaram seu rápido crescimento nos últimos anos.

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Fonte:
Reuters

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