Kremlin diz que posição de Putin não foi "abalada" por motim

Publicado em 27/06/2023 08:51

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Por Andrew Osborn

(Reuters) - O Kremlin disse nesta terça-feira que não concorda com o que chamou de opinião de "pseudoespecialistas" de que um motim abortado por mercenários do grupo Wagner no fim de semana havia abalado o poder do presidente Vladimir Putin.

O Kremlin retratou o líder russo, no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 1999, como tendo agido criteriosamente para evitar o que chamou de "o pior cenário possível", dando tempo para as negociações renderem um acordo que encerrasse o motim sem mais derramamento de sangue. 

Alguns pilotos de helicópteros russos foram mortos no sábado após receberem ordens para enfrentar um comboio de mercenários com destino a Moscou, que os abateu. Mas uma nova escalada e um conflito mais amplo foram evitados.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse a repórteres que o motim mostrou como a sociedade russa estava consolidada em torno de Putin quando a situação estava ruim.

"O nível de consolidação pública...em torno do presidente é muito alto. Esses eventos demonstraram o quanto a sociedade está consolidada em torno do presidente".

Questionado sobre se a posição do líder russo foi "abalada" pelos eventos dramáticos, Peskov disse:

"Nós não concordamos. Há agora muita histeria ultraemocional entre especialistas, pseudoespecialistas, cientistas políticos e pseudopolíticos. Também está se espalhando por algumas novas mídias histéricas, e na Internet e assim por diante. Não tem nada a ver com a realidade."

Peskov disse que o Kremlin não tinha informações sobre o paradeiro de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner, que liderou o breve motim em protesto contra o que considerou uma má condução das operações militares na Ucrânia.

Sob os termos de um acordo que pôs fim ao motim, Prigozhin teria permissão para se mudar para Belarus, e seus combatentes tiveram a chance de assinar contratos com as forças armadas regulares da Rússia ou de se mudar para Belarus com ele.

Peskov disse que o acordo que pôs fim ao motim está sendo implementado e que Putin sempre manteve sua palavra.

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Fonte:
Reuters

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