Chicago espera queda na qualidade das lavouras dos EUA e milho salta dois dígitos nesta 2ªfeira
A segunda-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho flutuando próximos da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3) e com a maior parte das posições levemente mais altas, operando na faixa entre R$ 53,12 e R$ 62,71.
O vencimento julho/23 foi cotado à R$ 53,12 com queda de 0,21%, o setembro/23 valeu R$ 57,90 com alta de 0,70%, o novembro/23 foi negociado por US$ 60,20 com elevação de 0,42% e o janeiro/24 teve valor de US$ 62,71 com ganho de 0,34%.
De acordo com a Agrinvest, os preços do milho operaram em alta seguindo a forte valorização das cotações em Chicago. Por outro lado, os ganhos foram limitados pela aproximação da colheita da super safrinha brasileira.
A projeção da AgRural aponta para uma colheita de 98 milhões de toneladas para a safrinha brasileira, que pode chegar as 100 milhões com atualizações no decorrer dos trabalhos. Até o final da última semana apenas 2% das lavouras da segunda safra de milho haviam sido colhidas, basicamente em áreas do Mato Grosso. A expectativa é que as atividades comecem até o final do mês em outros estados como oeste do Paraná, sudoeste de Goiás e partes de Mato Grosso do Sul, mas ganhem ritmo mês apenas em julho.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também começou a semana de maneira negativa. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de Castro/PR. Já as desvalorizações apareceram em Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS e Campo Grande/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
A análise diária da Agriffato Consultoria diz que, “os negócios no mercado físico do milho ocorrem “da mão pra boca” e os preços andaram de lado, em Campinas/SP o cereal fechou a a semana em R$ 54,00/sc”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, a colheita de milho da segunda safra tem avançado com mais intensidade apenas em Mato Grosso, mas as expectativas quanto à produção e à qualidade do cereal são positivas na maior parte das regiões produtoras.
“Quanto às negociações, a perspectiva de oferta elevada nas próximas semanas faz com que consumidores posterguem as aquisições, enquanto vendedores mostram interesse em comercializar o cereal no spot e/ou fechar contratos para entrega futura, muitos estão flexíveis nos preços e nos prazos. Esse cenário mantém os preços do milho em queda, movimento que vem sendo verificado desde março”.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) a segunda-feira foi de movimentações muito positivas para os preços internacionais do milho futuro, que subiram até 3,6% neste primeiro dia da semana.
O vencimento julho/23 foi cotado à US$ 6,17 com ganho de 13,00 pontos, o setembro/23 valeu US$ 5,43 com valorização de 19,00 pontos, o dezembro/23 foi negociado por US$ 5,49 com elevação de 18,75 pontos e o março/24 teve valor de US$ 5,58 com alta de 18,50 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (09), de 2,15% para o julho/23, de 3,63% para o setembro/23, de 3,58% para o dezembro/23 e de 3,33% para o março/24.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho obtiveram ganhos de dois dígitos com as expectativas dos analistas de que a qualidade da safra cairá mais dois pontos esta semana, e com mais tempo seco provável para o centro dos Estados Unidos no final deste mês.
Antes do relatório de progresso da safra desta tarde do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os analistas esperavam que a agência reduzisse as classificações de qualidade do milho em mais dois pontos, com 62% em condição boa a excelente até 11 de junho. As estimativas comerciais individuais variaram entre 59% e 64%.
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