Petrobras fará anúncio sobre política de preço na próxima semana, com possível reajuste
Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Petrobras fará um anúncio na próxima semana sobre como será a política de preços de combustíveis da petroleira na nova gestão e poderá reajustar valores de alguns produtos, afirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Para precificar os seus combustíveis, o executivo reiterou que a Petrobras continuará a seguir referências de preços internacionais e a levar em consideração a competitividade interna em cada mercado que a empresa participa.
O executivo frisou que a Petrobras não perderá venda e que não deixará de ter o preço mais atrativo para seus clientes.
Adiantou ainda que o critério a ser usado será de "estabilidade versus volatilidade".
Segundo Prates, o país não precisa "voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste o ano inteiro", citando anos como 2006 e 2007. Mas ponderou que "também não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes, isso para um combustível apenas, em 2017", o que levou a uma crise, que culminou com a greve dos caminhoneiros, afirmou.
"Não vou dar data, mas na semana que vem vamos falar de preço. Se eu falar hoje, vou dar 'spoiler' da data, do assunto, e ninguém vai mais prestar interesse sobre o que estamos falando aqui", disse Prates, durante coletiva de imprensa para comentar resultados trimestrais.
"Sim, há uma chance de que ao tratar desse assunto, na semana que vem, a gente faça uma variação em alguns combustíveis, mas como eu disse a gente não vai dar 'spoiler' hoje."
O CEO não disse quais combustíveis poderiam ter reajuste ou a direção da mudança, se uma alta ou uma baixa.
Relatório da associação de importadores Abicom indica que gasolina e diesel da Petrobras estão mais caros no mercado interno do que no exterior, em 14% e 9%, respectivamente.
Isso, em tese, permitiria que os dois combustíveis tivessem redução de preços, considerando a política anterior da cotação da paridade de importação.
(Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier)
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