Zelenskiy nega ataque a Moscou e promete iniciar contra-ofensiva

Publicado em 03/05/2023 15:06

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Por Anne Kauranen e Max Hunder

HELSINQUE/KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, rejeitou nesta quarta-feira a alegação de Moscou de que Kiev tentou atacar o Kremlin e disse que seu país em breve iniciará uma contra-ofensiva em seu próprio território contra as forças russas.

Mais cedo na quarta-feira, a Rússia acusou a Ucrânia de uma tentativa fracassada de assassinar o presidente russo, Vladimir Putin, em um ataque de drones ao complexo do Kremlin, no centro de Moscou, e ameaçou retaliar.

Falando em entrevista coletiva na Finlândia, o mais novo país membro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Zelenskiy, disse que sua preocupação é defender as próprias cidades e vilas da Ucrânia contra a invasão russa, iniciada há quase 15 meses.

"Não atacamos Putin ou Moscou, lutamos em nosso território", disse Zelenskiy.

Questionado sobre por que era do interesse da Rússia acusar a Ucrânia de tentar assassinar Putin, Zelenskiy disse: "É muito simples. A Rússia não tem vitórias. Ele (Putin) não pode mais motivar sua sociedade e não pode simplesmente enviar suas tropas para sua morte mais... agora ele precisa de alguma forma motivar seu povo a seguir em frente".

O presidente ucraniano também disse ter certeza de que o Ocidente forneceria a Kiev aviões de guerra modernos se seu país fosse bem-sucedido no campo de batalha, citando exemplos anteriores que levaram a Ucrânia a receber novos tipos de ajuda militar.

"É por isso que tenho certeza de que logo teremos aeronaves. Porque em breve faremos uma ofensiva, e depois dela tenho certeza de que receberemos aviões. Preferia que fosse o contrário, pois seria mais fácil para nós, mas é como é, e somos gratos por tudo", disse Zelenskiy.

"Precisamos deles. Realmente precisamos deles", disse ele.

(Reportagem de Essi Lehto e Anne Kauranen em Helsinque, Olena Harmash e Max Hunder em Kiev, reportagem adicional de Nerijus Adomaitis em Oslo)

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Fonte:
Reuters

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