Exportação de carne de frango em abril recua em relação a março, mas analista aponta volume "dentro do normal"
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta terça-feira (2), as exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas nos 18 dias úteis de abril caiu em relação a março, mas segundo especialista, março foi um mês atípico para o comércio da proteína avícola brasileira, e o volume comercializado em abril está, sim, dentro da normalidade.
O analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias explica que a queda das exportações da carne de frango quando se compara abril a março não é uma preocupação. O que acontece, de acordo com o especialista, é que março foi um mês extremamente atípico, com mais de 500 mil toneladas vendidas em um mês, o que não é normal.
"Essas mais de 408 mil toneladas é um volume, sim a ser comemorado. O discurso segue o mesmo: o Brasil segue vendendo um grande volume, perspectiva de exportação recorde ao longo do ano e nós seguimos ilesos da influenza aviária. Estamos em maio, e o risco de surgimento da doença no país caiu sensivelmente devido ao caminho das aves migratórias, mas ainda assim precisamos monitorar essa questão", disse.
A receita obtida com as exportações de carne de frango até o final deste mês de abril, US$ 772.084,971, representa 3,19% a mais que o total arrecadado em todo o mês de abril de 2022, que foi de US$ 748.185,385. No caso do volume embarcado, as 408.278,098 toneladas são 5,6% superiores ao total registrado em abril do ano passado, quantia de 386.510,007 toneladas.
Quando se compara o faturamento de abril, no valor de US$ 772.084,971 com março, US$ 901.897,078, houve queda de 14,39%. Sobre o volume, as 408.278,098 toneladas exportadas em abril foram 15,67% a menos em comparação às 484.177,009 toneladas embarcadas em março.
O faturamento por média diária neste mês de abril foi de US$ 42.893,6095, quantia 8,9% a mais do que o registrado abril de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 4,5%.
No caso das toneladas por média diária, foram 22.682,116, houve elevação de 11,5% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se recuo de 4,99%.
Já o preço pago por tonelada, US$ 1891,076, é 2,3% inferior ao praticado em abril do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,42%.
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