Grupo tenta invadir fazenda da família de Tereza Cristina, em Terenos (MS); MST nega participação

Publicado em 01/05/2023 09:49 e atualizado em 01/05/2023 10:55
Segundo nota da assessoria da senadora, eles se retiraram na manhã de domingo (30), após intervenção da PM

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Um pequeno grupo de "invasores sem-terra" tentou invadir na madrugada de domingo (30) a fazenda da família da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e ministra da Agricultura do governo de Jair Bolsonaro, segundo a assessoria da parlamentar.

Eles se retiraram ainda pela manhã de domingo, após intervenção da Polícia Militar (PM), complementa a nota. A ação ocorre justamente em um momento em que se intensificaram as ocupações de propriedades rurais pelo país.

A Câmara dos Deputados trabalha na criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a origem do financiamento e apurar os envolvidos nas ações coordenadas dos movimentos. Ela será composta por 27 membros titulares e o mesmo número de suplentes.

Em nota, o MST disse ainda ontem que "não realizou ocupação em áreas ligadas à senadora Tereza Cristina (PP), em Terenos, MS".

Veja a nota na íntegra da assessoria de Tereza Cristina:

Veja a nota na íntegra do MST:

O MST em Mato Grosso do Sul vem, por meio desta nota, afirmar que não realizou ocupação em áreas ligadas à senadora Tereza Cristina (PP), em Terenos, MS. Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo Bolsonaro, o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora.

Na Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária deste ano, conhecida como Abril Vermelho, realizamos uma série de atividades com nossas famílias acampadas, sendo que, nenhuma delas foi ocupação de terra. No último período, aprofundamos nossas ações de solidariedade, principalmente, com indígenas. A partir dos nossos cinco acampamentos e diversos assentamentos no estado, doamos centenas de quilos de alimentos saudáveis, além de sementes agroecológicas para diversas comunidades indígenas. Compreendemos que a luta de indígenas e Sem Terra é a mesma no Mato Grosso do Sul, pois a concentração de terras pelas elites agrárias atinge a ambos.

Repudiamos a tentativa de vincular a luta do MST à ação ocorrida na propriedade ligada à senadora. Em um momento de avanço da criminalização contra o MST, através, por exemplo, da instalação de uma CPI ilegal contra nós, tais vinculações só servem para incitar a sociedade contra a luta legítima do Movimento. É esta luta que nos permitiu, durante a pandemia, doar mais de 8,5 mil toneladas de alimentos saudáveis à população mais carente.

Seguiremos em nossa luta histórica em defesa da Reforma Agrária Popular, da produção de alimentos saudáveis, da luta contra o latifúndio e da reconstrução do país.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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