Com 50% da soja 22/23 ainda em mãos, produtor brasileiro vai ter que olhar para o mercado mesmo em condições desfavoráveis, opina analista

Publicado em 28/04/2023 16:40 e atualizado em 28/04/2023 17:31
Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado
Cenário de preços tende a continuar negativo no Brasil e na Bolsa de Chicago, sem nenhum fator que possa trazer as cotações para cima ainda no radar

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Com 50% da soja 22/23 ainda em mãos, produtor brasileiro vai ter que olhar para o mercado mesmo em condições desfavoráveis, opina analista

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As cotações futuras da soja encerraram a sessão desta sexta-feira com valorização na Bolsa de Chicago (CBOT), após sete sessões seguidas no vermelho. Um movimento de ajuste de posições garantiu a valorização no final do pregão.

O dia foi de ganhos entre 8 a 15,4 pontos na CBOT. O contrato de julho/23 da soja na CBOT fechou o dia cotado a US$ 14,19 e o agosto a US$ 13,62 por bushel. Nos derivados, o dia foi de alta de mais de 1% do farelo e de 1,5% do óleo de soja.

"Recuperação técnica. Não tem nenhum outro fator diferente no mercado essa semana. Na verdade, os fatores fundamentais estão pressionando o mercado", afirma Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da Safras & Mercado.

Segue ele, essa alta de hoje na Bolsa de Chicago não deve mudar a tendência baixista do mercado já vista nos últimos dias. "O momento é negativo para Chicago porque a gente tem um plantio nos EUA andando bem com o clima", destaca.

A safra 2023/24 de soja dos Estados Unidos pode ser recorde.

"Até esse momento, a gente não tem problemas, então a tendência é negativa, porque se o clima continuar ajudando nas próximas/meses, período de desenvolvimento da safra americana, a tendência é continuidade da pressão".

MERCADO INTERNO

No Brasil, os produtores sentem os reflexos do mercado externo no bolso e têm ainda muito volume a ser negociado, segundo Gutierrez Roque. "Esse realmente é um momento muito complicado. A tendência é muito negativa e o produtor tem que fazer conta", orienta.

Em Não-Me-Toque (RS), o dia foi de queda de 0,81% para a soja com a saca a R$ 123,00. Em Palma Sola (SC), a saca ficou cotada a R$ 128,50 com alta de 0,78% e, em São Gabriel do Oeste (MS) está a R$ 115,00 - estável. Já Ponta Grossa (PR) tem a saca a R$ 132,86 - estável.

Os indicativos seguem próximos de R$ 139 por saca no disponível e para maio de 2023.

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Por:
Guilherme Dorigatti e Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Marco Antonio Rodrigues Zanini Quatiguá - PR

    O Produtor brasileiro tem que ser valorizado, assim como no governo passado. Os relatórios mostram que só o Brasil tem grãos disponíveis NO MUNDO INTEIRO. Porque então os prêmios negativos. Não são prêmios, são pênaltis.

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