Brasil fecha 1º tri com aumento da taxa de desemprego e 9,4 milhões sem trabalho

Publicado em 28/04/2023 09:06 e atualizado em 28/04/2023 10:05

 

Logotipo Reuters

Por Camila Moreira

 

 

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil encerrou o primeiro trimestre com 9,4 milhões de pessoas sem emprego e taxa de desemprego de 8,8%, consolidando o movimento de perda de fôlego da recuperação do mercado de trabalho no pós-pandemia.

A leitura da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mostrou elevação ante a taxa de 7,9% registrada no quarto trimestre de 2022.

No entanto, mostra recuo ante os 11,1% no mesmo período do ano passado, e marca a leitura mais baixa para o período desde 2015 (8,0%).

O dado divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou ainda abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 9,0%.

Analistas avaliam que a taxa de desemprego deve apresentar daqui pra frente uma lenta trajetória de elevação. Entre as razões estão, além do esgotamento da recuperação após a Covid-19, os impactos da política monetária restritiva e a desaceleração econômica global.

No primeiro trimestre, o número de desempregados aumentou 10,0% em relação aos três meses anteriores e chegou a 9,432 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período de 2022, no entanto, houve queda de 21,1%.

Já o total de ocupados caiu 1,6% em relação ao quarto trimestre, a 97,825 milhões, mas avançou 2,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2022.

“Esse movimento de retração da ocupação e expansão da procura por trabalho é observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exceção do ano de 2022, que foi marcado pela recuperação pós-pandemia", explicou a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy.

"Esse resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho está recuperando seus padrões de sazonalidade, após dois anos de movimentos atípicos”, completou.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado recuaram 0,5% no primeiro trimestre, enquanto os que não tinham carteira caíram 3,2%.

O nível de ocupação, percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a 56,1%, de 57,2% no trimestre anterior e 55,2% em igual trimestre do ano anterior.

“A queda na ocupação reflete principalmente a redução dos trabalhadores sem carteira, seja no setor público ou no setor privado”, disse Beringuy.

No período, a renda média real foi de 2.880 reais, de 2,861 reais no quarto trimestre.

 

(Camila Moreira)

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário