Brasil precisa fazer governança bem-organizada para promoção do café
“Comercialização de café: ferramentas comerciais, perspectivas do mercado e oferta x demanda”, esse foi o tema do painel que contou com a participação do diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos no 24º Simpósio de Cafeicultura da Região das Matas de Minas, em Manhuaçu (MG), realizado nos dias 12 e 13 de abril.
Em sua participação, ele destacou o grande potencial de mercado dos cafés produzidos na Região das Matas de Minas graças a sua diversidade de produtos e à prática da agricultura regenerativa. Matos também apontou as tendências da governança socioambiental e as regras globais do mercado consumidor, cada vez mais ligado à sustentabilidade.
As novas regras devem entrar em vigor nos próximos meses, mas o Brasil tem tudo para atender a essa demanda, manter e ampliar o mercado. União Europeia e Estados Unidos serão os primeiros a implantar as novas regulações, porém Reino Unido, Suíça e países asiáticos devem seguir essas tendências. Juntas, essas nações respondem por mais de 80% de nossas exportações”, comenta.
Matos recordou, no evento, que o Brasil tem legislação ambiental e social e a cafeicultura nacional possui estrutura organizada e eficiente, além de produtividade e sustentabilidade. “Precisamos fazer uma governança bem-organizada para a promoção da imagem, fazendo com que o mundo reconheça ainda mais os nossos pontos fortes e nos recompense por isso”, concluiu.
O painel com a participação do diretor-geral do Cecafé foi mediado pelo gerente Regional Viçosa do Sistema Faemg/Senar, Marcos Reis, e contou com a participação de, Francisco Rabelo, commodity trader da Nater Coop, e Paulo Március, consultor da CNA AgroBR.
O Simpósio foi realizado pela Associação Comercial Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (ACIAM), em parceria com Emater-MG, Associação de Mulheres do Café das Matas de Minas e Caparaó (AMUC), Sindicatos de Produtores Rurais, Senar Minas, FAEMG, Conselho das Matas de Minas, Secretaria de Agricultura de Manhuaçu e Instituto Federal Sudeste de Minas, e abordou temas como qualidade, mercado, tecnologia e produtividade e teve o objetivo de agregar valor à cadeia produtiva e promover o uso de tecnologia no setor.
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