Pesquisadora traz dados sobre iluminância em granjas de aves e a relação com o bem-estar das aves

Publicado em 13/04/2023 17:06
Segundo cientista, a iluminação natural de galpões abertos fazem com que os frangos de corte bebem mais água, explorem mais o ambiente, entre outros comportamentos benéficos

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Durante o Simpósio 'Definindo o futuro do bem-estar animal na América Latina', realizado na quarta e nesta quinta-feira (dias 12 e 13), a apresentação da Elaine Cristina de Oliveira Sans, zootecnista,  PhD em bem-estar de frangos de corte, trouxe informações a respeito de uma pesquisa que compara dois sistemas de criação industrial de aves e a importância da luz natural.

No estudo, feito em parceria com uma empresa da iniciativa privada, com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), Labea (Laboratório de Bem Estar animal), e World Animal Protection, foi feita a abordagem sobre o bem estar das aves, influenciadas pela iluminância, quando comparados o galpão fechado (climatizado) com galpões abertos (convencionais ou semi climatizados, com interferterênciua do ambiente externo).

"A gente vê que há stress térmico muito grande no galpão aberto, que tem a influência do ambiente externo em relação ao interno, mas ao mesmo tempo, temos boas indicações por parte dos animais de respostas que estão previstas em protocolos de compromissos e solicitações de bem estar animal", disse.

Esse estudo foi feito com avaliação no verão e outono (entre março e abril) e inverno (em julho e agosto), na região Sul do Brasil e média de animais com 6 dias antes do abate. Os principais indicadores baseados nos problemas que são manifestados pelos animais foram as dermatites de contato no peito e abdômen, limpeza de penas, dermatites nos pés, queimaduras no jarrete claudicação. "Observamos também as relações do toque com o ser humano, alimentação, expressão de comportamento das aves", explica.

Entre alguns exemplos citados pela pesquisadora, a queimadura de jarrete (algo comparado ao "calcanhar" das aves), no verão/outono, a chance de ocorrência de casos mais graves do problema é de 2,3% em galpões fechados e de 0,7% em galpões abertos. Já no inverno, a taxa em alojamentos fechados cai para 1,2%, e nos abertos, sobe para pouco mais de 9%. 

"Temos dermatites na região do peito e abdômen, nos scores mais severos, com maior chance de ocorrer em galpões dechados no verão, e menores chances no inverno neste tipo de instalação. Fatores cumulativos que podem iterferir são temperatura, ventilação, umidade da cama, numero de lotes por cama e problemas locomotores das aves". 

A pesquisa traz também indicadores em relação ao abiente. Há diferença estatiística dos itens como boas condições de velocidade do ar, concentração de amônia e dióxido de carbono e no inverno. "Em galpões fechados, temos melhores indicadores ambientais, e em galpões abertos, temos indicadores positivos em relaçao a comportamento, densidade", afirmou.

"As aves preferem sim, a iluminação natural, elas bebem mais águas, exploram mais, e elas forrageiam mais (ciscar, bicar o chão). A alta iluminância também melhora o reconhecimento entre as aves, além a facilitação social e hierarquia", finalizou

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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