Açúcar bruto sobe mais de 2% nesta 3ª e testa máximas de mais de 10 anos
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (11) com alta expressiva nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado ainda tem suporte da safra indiana e de preocupações mais recentes com o Brasil.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 2,64%, cotado a 23,68 cents/lb, com máxima em 23,78 cents/lb e mínima de 23,09 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato teve alta de 2,73% no dia, a US$ 679,90 a tonelada.
Após queda técnica na sessão anterior, os preços do açúcar voltaram a subir com força na sessão desta terça-feira, inclusive com máximas de mais de 10 anos sendo testadas em Nova York. Segue a atenção dos operadores para a safra indiana.
Além de problemas climáticos nos últimos meses, a Índia deve migrar parte de sua produção de cana-de-açúcar na safra 2022/23 para a produção de etanol, o que deve fazer com que a oferta do adoçante seja ainda menor na atual temporada.
A Reuters internacional destacou na segunda que os preços do açúcar na Índia subiram mais de 6% em duas semanas e devem subir ainda mais. Várias usinas indianas já encerraram a moagem na temporada que só será encerrada em agosto.
O mercado também passou a acompanhar positivamente dados relativos à safra 2023/24 do Centro-Sul do Brasil, que deve ser mais positiva. Porém, chuvas são esperadas nesta semana no cinturão, o que pode desacelerar o início da colheita.
Também há preocupações diversas do mercado de que a oferta do Brasil esperada não seja capaz de suprir a demanda.
"Safras menores nos três maiores produtores de açúcar da Ásia deixarão o mercado fortemente dependente do Brasil e há preocupações de que o fluxo de suprimentos do maior exportador mundial possa ser interrompido", disse a Reuters.
O financeiro também deu suporte aos preços do açúcar nesta terça-feira. O petróleo subia mais de 1,5% no dia com apoio de um dólar mais fraco. As oscilações do óleo tendem a impactar diretamente na decisão das usinas sobre o mix.
Além disso, o dólar tinha queda sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações das commodities e dá suporte ao mercado do adoçante.
MERCADO INTERNO
Mesmo com o início da safra 2023/24 no Centro-Sul, os preços do adoçante no spot têm registrado alta. De acordo com pesquisadores do Cepea, o aumento esteve atrelado à baixa oferta do cristal para pronta-entrega, uma vez que a produção tem sido lenta nas usinas paulistas.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, foi negociado a R$ 138,34 saca de 50 kg e queda de 0,64%.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 146,70 a saca - estável, segundo dados da consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 25,30 c/lb e desvalorização de 0,21%.
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