FMI alerta que turbulência financeira mais profunda prejudicará crescimento global

Publicado em 11/04/2023 10:18

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Por David Lawder

WASHINGTON (Reuters) - O Fundo Monetário Internacional reduziu ligeiramente nesta terça-feira sua perspectiva de crescimento global para 2023 uma vez que taxas de juros mais altas esfriam a atividade, mas alertou que um agravamento severo da turbulência do sistema financeiro pode reduzir a produção para níveis próximos da recessão.

O FMI disse em seu relatório Perspectiva Econômica Global que os riscos de contágio do sistema bancário foram contidos por medidas fortes adotadas após a falência de dois bancos regionais dos Estados Unidos e a fusão forçada do Credit Suisse.

Mas a turbulência adicionou outra camada de incerteza além da inflação elevada e das repercussões da guerra da Rússia na Ucrânia.

"Com o recente aumento na volatilidade do mercado financeiro, a neblina em torno das perspectivas econômicas mundiais aumentou", disse o FMI em meio às reuniões de primavera com o Banco Mundial esta semana em Washington.

"A incerteza é elevada e o balanço de riscos mudou firmemente para negativo enquanto o setor financeiro permanecer instável", acrescentou o Fundo.

O FMI agora prevê um crescimento do PIB global de 2,8% para 2023 e 3,0% para 2024, marcando uma forte desaceleração do crescimento de 3,4% em 2022 devido a uma política monetária mais apertada.

As previsões para 2023 e 2024 foram reduzidas em 0,1 ponto percentual em relação às estimativas divulgadas em janeiro, em parte devido a desempenhos mais fracos em algumas economias maiores, bem como expectativas de mais aperto monetário para combater a inflação.

A perspectiva do FMI para os EUA melhorou ligeiramente, com crescimento em 2023 estimado em 1,6%, contra 1,4% em janeiro, já que o mercado de trabalho permanece forte. Mas o Fundo cortou as previsões para algumas das principais economias, incluindo a Alemanha, agora com previsão de contração de 0,1% em 2023; e o Japão, que deve crescer 1,3% este ano em vez da taxa de 1,8% prevista em janeiro.

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Fonte:
Reuters

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