Adepará reúne granjas da RMB e reforça barreira sanitária contra influenza aviária
Representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e setor produtivo avícola participaram de uma nova reunião para discutir a atuação do Serviço Veterinário Oficial Estadual e Federal em caso de ocorrência de foco de Influenza Aviária no Pará.
A reunião ocorreu na última terça-feira, 04, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Izabel do Pará e Santo Antônio do Tauá (Sinpriz), em Santa Izabel do Pará e reuniu, além dos técnicos do setor de emergência sanitária da Adepará, os responsáveis técnicos das granjas existentes na Região Metropolitana de Belém.
O objetivo principal foi demonstrar que o Serviço Veterinário Oficial está preparado para atuar durante um foco de influenza aviária. “Nós mostramos todos os acontecimentos, sua abrangência e o que acarretaria para o setor produtivo em termos de perda financeira e estrutura física”, explicou a fiscal estadual agropecuária Lettiere Lima, gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Adepará.
A médica veterinária também reforçou que cada um terá um papel importante para desempenhar. “Nós abordamos nosso papel de vigilância sanitária e como o nosso trabalho funciona, como o setor produtivo tem de se comportar, qual o trabalho que será realizado e quem irá realizar”, detalhou.
O produtor de frango Levi Godoi disse que as reuniões são importantes e que existe uma união de esforços para prevenir a entrada do vírus no Estado. “Isso demonstra que Adepará e Mapa estão em parceria com os produtores para no caso de ocorrer um foco da doença, a gente espera que não ocorra, a forma de trabalho adotada seja de parceria, para que todos possamos superar esse momento , e o setor produtivo volte a trabalhar, que nossos consumidores tenham credibilidade no produto e que as medidas adotadas sejam suficientes para resolver o problema”, declarou.
Durante a reunião, outro ponto debatido foi o plano estadual de contingência para influenza aviária que está sendo elaborado por todos os atores da cadeia avícola. Na primeira reunião, realizada na Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (FAEPA), foram definidas as instituições que farão parte do grupo de trabalho. “Todos estão engajados na formulação deste plano e o próximo passo será publicar a portaria que cria o grupo de trabalho composto por representantes de todas as instituições parceiras”, detalhou a médica veterinária.
Alerta - O Brasil está em alerta sanitário para a Influenza Aviária e tem reforçado as medidas de prevenção, fortalecendo o sistema de vigilância em aves. A medida mais recente foi a portaria Nº 572/ 2023 do MAPA, que proíbe a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves. Em função do risco de ingresso e de disseminação da doença, a Adepará reforçou as diretrizes da portaria e suspendeu as autorizações de eventos com aglomeração de aves no Estado por 90 dias.
Desde o anúncio do alerta e com a finalidade de evitar a entrada do vírus no Pará, a Adepará realizou investigação epidemiológica em quase cem granjas de 21 municípios paraenses. Investigou mais de mil aves e coletou amostras biológicas que foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, de Campinas/SP.
Sanidade - No ano passado, o Programa Estadual de Sanidade Avícola executou ações de vigilâncias em 140 municípios com a inspeção de mais de 3 mil aves, monitoramento de sítios de aves migratórias em 131 propriedades e 425 fiscalizações na avicultura em granjas de corte, postura e reprodução.
Influenza aviária - O Brasil nunca registrou casos de Influenza Aviária e possui status livre para a doença. No Pará, a maioria da atividade avícola é de risco baixo ou moderado para a doença, mas existe criação de patos e codorna, em menor número, que representam risco alto para a enfermidade.
Produção - A produção avícola do Pará é a maior do Norte do país e é a segunda maior atividade do setor agropecuário do Estado. O segmento de avicultura de corte tem capacidade de alojamento mensal de 3,8 milhões de aves, em aproximadamente 300 granjas. Já o segmento de postura comercial abriga um plantel em torno de 600 mil aves, distribuídas em 30 granjas.
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