Os confinamentos para o primeiro giro já começaram e pelas contas da Scot Consultoria, com o melhor resultado dos últimos 3 anos
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Os confinamentos para o primeiro giro já começaram e pelas contas da Scot Consultoria, com o melhor resultado dos últimos 3 anos
Hoje trazemos uma análise do mercado pecuário com o analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri. Segundo Fabbri, a volta da China ao mercado pecuário brasileiro trouxe uma movimentação positiva em todas as praças pecuárias do país. As relações com as plantas habilitadas foram restabelecidas, uma planta foi reabilitada e mais quatro plantas frigoríficas foram abertas para exportação.
Essa movimentação levou a uma procura maior pelos frigoríficos, destacando os exportadores, o que também refletiu no preço do boi destinado ao mercado interno. Fabbri afirma que ao longo da semana, os frigoríficos abriram com preços maiores e praticamente todas as praças conseguiram avançar com boa parte das escalas pelo país.
Para a próxima semana, Fabbri afirma que o mercado físico do boi ainda é incerto. Os preços maiores podem ser mantidos, mas é preciso observar a movimentação do mercado, principalmente em relação às exportações e às escalas dos frigoríficos.
Em resumo, a volta da China ao mercado pecuário brasileiro trouxe uma movimentação positiva nas praças pecuárias do país, refletindo em preços maiores para o boi destinado às exportações e ao mercado interno.
Além disso, a expectativa de crescimento do PIB chinês em 5% neste ano gera um viés otimista em relação ao consumo de carnes em geral, com destaque para a carne bovina, principal insumo da pecuária de corte.
Por outro lado, o mercado externo, especialmente a demanda chinesa, tem sido o grande suporte para os preços do boi gordo no curto prazo. Fabbri ressalta que há notícias de surtos de peste suína africana novamente na China, o que pode levar ao descarte de animais e, consequentemente, aumentar a oferta de carne suína no mercado local. Isso pode estimular ligeiramente a questão do consumo de outras proteínas, mas no médio prazo, pode beneficiar a demanda para importação de carne pelo mercado chinês devido à menor oferta de carne suína no futuro.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje pela manhã os dados referentes ao desemprego no país no primeiro trimestre de 2023. Segundo o levantamento, a taxa de desemprego apresentou um ligeiro aumento em relação ao último levantamento, com um aumento de 0,5 pontos percentuais, chegando a 8,6% de desemprego no período considerado. No entanto, quando se leva em consideração o histórico dos últimos anos, esse patamar ainda é bastante positivo, levando em conta uma série desde 2015 até o momento.
Além disso, quando se analisa os preços no mercado varejista neste fechamento de mês, percebe-se uma queda nos preços das carnes em praticamente todas as praças monitoradas pela Scot Consultoria. Isso se aplica especialmente nos grandes centros como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. Essa queda nos preços pode estimular o consumo e contribuir para uma perspectiva mais positiva para a economia brasileira.
Outro ponto a ser considerado é a virada de mês e o final da Quaresma, um período que afeta o consumo de carne bovina no país. Com a possibilidade de estímulo e o recebimento de salários, espera-se um viés positivo para a economia.
O analista explicou que, em São Paulo, o preço do boi para exportação está em torno de R$ 300 por arroba, podendo chegar a R$ 310 em alguns casos. Esses valores são consideravelmente mais altos do que os praticados antes do embargo chinês, quando a referência era de cerca de R$ 270 por arroba.
Em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, duas outras importantes regiões produtoras, os preços também estão acima do patamar pré-embargo, com referências em torno de R$ 270 e R$ 275 por arroba, respectivamente. Já em Goiás, a referência atual é de R$ 290 por arroba, o que representa uma alta expressiva em relação aos preços praticados até pouco tempo atrás.
Nos últimos dias, a questão do ágio do boi tem sido bastante discutida no mercado pecuário. Em algumas praças, como em Goiás, o ágio já chegou a abrir bastante em outras ocasiões. No entanto, o que se tem visto recentemente é um aumento significativo nessa diferença de preço.
De acordo com especialistas do setor, o ágio na praça goiana chegou a quase 10% em relação ao valor do boi comum, o que representa cerca de 30 reais a mais por cabeça para o boi destinado à China. Essa diferença tem sido impulsionada pela alta demanda chinesa, que busca cada vez mais a carne bovina brasileira.
A expectativa é que esse ágio continue se ampliando ao longo do ano, especialmente se a demanda chinesa continuar em alta. O mercado pecuário brasileiro tem se beneficiado bastante desse cenário, principalmente com a valorização do boi destinado à exportação.
Confinamento
Com o início da temporada de confinamento de 2023, o mercado se mostra favorável para os confinadores, principalmente com a demanda chinesa em alta. No entanto, a atratividade para o confinamento é avaliada levando em consideração o custo de produção, o preço da reposição e o custo dos insumos, que estão menores em relação aos últimos anos.
De acordo com Felipe, da Scot Consultoria, o preço de referência para o boi magro no mercado paulista é de R$ 3.500. Esse valor reflete a pressão de baixa devido à sobre oferta de bezerros no ano passado, como resultado, as cotações hoje estão mais baixas.
Considerando esse cenário, a Scot Consultoria calculou um possível resultado de R$ 270 por cabeça para o confinamento, com o preço de venda futuro em julho de R$ 296 por arroba, mantendo uma diária de confinamento próxima ao que foi praticado no ano passado, em torno de R$ 20 por cabeça.
Segundo Felipe, esse resultado ainda é positivo em comparação com os últimos anos, com 2022 apresentando um prejuízo de R$ 200 por cabeça e 2021 com um resultado de R$ 48 por cabeça no primeiro giro. No entanto, é importante ressaltar que a referência de preço para o mercado futuro pode ser diferente durante a entrega da boiada no mercado físico, como ocorreu no ano passado.
Para minimizar o risco de oscilações de preço, a sugestão para os confinadores é fazer uma avaliação com relação à ferramenta de trava de preços, mesmo que seja com o frigorífico e utilizando o contrato a termo. A atenção do confinador deve estar voltada também para a qualidade dos insumos utilizados, que estão com preços elevados, como milho e soja, apesar da supersafra desses produtos no Brasil.
Em resumo, as expectativas para o mercado de confinamento na temporada de 2023 são positivas, especialmente devido à demanda chinesa. No entanto, é importante avaliar os custos e considerar estratégias de proteção de preço para minimizar os riscos de oscilação.
1 comentário
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nelson jose camolesi bauru - SP
O autor desta notícia, a mim me parece que está em outro planeta, ou tem interesses escusos.Se diz que pelas contas da SCOT, o confinamento voltou a dar altos resultados, poderia ao menos ter a benevolência de disponibilizar as referidas contas, para nós simples mortais. Passamos horas, dias e meses, fazendo contas e não conseguimos fechar no positivo. Então vem o Sr. Felipe Fabri,com a maior traquilidade dizendo que agora, pelas suas contas, está tudo ótimo para o seguimento. A serviço de que está enfim? Dos frigoríficos é claro. É só para eles que está voltado o interesse desta referida consultoria. É claro também que o Sr. F. Fabri não irá disponibilizar as contas, como já não o fizeram, outros analistas da SCOT em ocasiões semelhantes anteriormente. Espero porém que eu esteja enganado desta vez e que para a felicidade nossa, confinadores em geral, a SCOT publique como foi que achou o caminho para tornar o confinamento viável, ao invés de guardar somente para si mesma este segredo. Caso queiram entrar em contato o meu celular é (14) 99644 0650. Abraço a todos.