Lula deve remarcar visita à China para os dias 11 a 14 de abril
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro negocia a remarcação da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China para os dias 11 a 14 de abril, retomando a proposta de visita cancelada na semana depois que o presidente foi diagnosticado com pneumonia.
"O presidente comentou que está em tratativas ainda, tanto o governo chinês quanto o brasileiro, para definição de uma nova data. Ainda não está definida, o governo chinês tem interesse que aconteça o mais breve possível, e nós também nos colocamos à disposição", disse o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Mais cedo, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, havia afirmado que a viagem seria a partir do dia 11, faltando alguns detalhes para a confirmação oficial.
Outras fontes ouvidas pela Reuters explicaram que o período foi colocado como uma das datas possíveis pelo governo chinês, mas ainda não há uma confirmação do país sobre se a viagem poderá ocorrer mesmo nesse período.
Segundo as fontes, se as datas forem confirmadas, o encontro de Lula com o presidente chinês, Xi Jinping, seria no dia 13 de abril. Lula sairia do Brasil no dia 11 e ficaria em Pequim entre os dias 12 e 14, retornando ao Brasil no dia 15.
A intenção é manter a maior parte da agenda programada para a viagem que seria esta semana, com a assinatura de pelo menos 20 acordos entre os dois governos e uma comitiva de empresários para acompanhar o presidente.
No entanto, ainda não se sabe o que será possível em relação aos empresários, já que boa parte manteve a viagem mesmo sem Lula e diversos acordos privados foram assinados nesta quarta-feira. A comitiva original era formada por cerca de 250 empresários de diversos setores, em especial da agropecuária.
Deve ser mantido o rito da visita de Estado, com encontro com Xi Jinping, com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e uma visita a Assembleia Nacional Popular, o Congresso do país. Também deve acontecer a visita a fábrica da Huawei, a gigante chinesa da área de telecomunicações e um dos principais alvos dos boicotes norte-americanos na área.
Já a visita ao New Development Bank, o banco dos Brics, em Xangai, não deve acontecer. A intenção da visita era apresentar a ex-presidente Dilma Rousseff como nova presidente do banco -- a eleição foi na semana passada. Dilma, no entanto, já tomou posse e já está trabalhando em Xangai.
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